sábado, julho 01, 2006

O AMOR ENTRE OS ANIMAIS, ARETUSA, RERI GRIST, SÊNECA, BERNADETTE PETERS, DORO & ÍSIS NEFELIBATA.


ARETUSA - Imagem: esculturas de Aretusa, de Francisco Leopoldo da Silva e Ángel López Miñano (Abarán) – Aretusa é uma ninfa na mitologia grega, que fazia parte do cortejo de Artémis e, como sua deusa, era avessa ao amor, representando a virtude. Sua imagem é retratada com um rosto de pureza, vestes de vestal templária, com o corpo todo coberto, cabelos presos e olhar ingênuo. Certo dia, ao vê-la banhar-se em um rio límpido, Alfeu, o deus do rio se apaixona perdidamente por ela. Vê-se, portanto, que ambos, Aretusa e Alfeu, são figuras centrais de uma lenda grega, segundo a qual o jovem caçador se enamorou da ninfa. Esquivando-se ao seu amor humano, a ninfa fugiu para a ilha de Ortígia, na costa da Sicília, e ele, por sua vez, se converteu num rio da Arcádia, indo desaguar no Peloponeso. Transformado em rio, ele perseguiu a sua amada por baixo do mar e, alcançando-a em Ortígia, ele e ela enlaçados, se uniram para sempre numa fonte de então por diante chamada de Aretusa. A lenda parece ter sido criada para justificar o fato de que grande parte do curso do grande rio grego Alfeu é subterrâneo. Há também uma fonte de Aretusa em Singapura, na Sicília. Veja mais aqui

 Curtindo o álbum Celebration (1979), da soprano leggero estadunidente Reri Grist, a primeira afro-americana a estrear em casas de óperas da Europa. Veja mais aqui.

EPÍGRAFE – Alium silere quod voles, primus sile, frase do tragediógrafo e filósofo estoico latino Lúcio Aneu Sêneca (4ac-65), na tragédia Fedra, que significa: Cala-te tu primeiro, se queres que os outros se calem. Veja mais aqui.

O AMOR ENTRE OS ANIMAIS – Em um estudo realizado por Carlos Castilhos (Bloch, 1967), constatou-se que os animais amam bem mais que os homens, com um amor instintivo sem restrições mentais, sem complexos ou censuras. Nos animais o ato sexual é precedido de uma conquista amorosa, cujas formas mais comuns são a dança, o canto, o colorido e o cheiro. Na dança, o caso mais curioso é o dos tangarás, aves nas quais os machos realizam movimentos da mais alta perfeição coreográfica. Ao mesmo tempo em que dançam, os tangarás emitem sons de grande harmonia e beleza. Depois que a fêmea escolhe o macho, este a acompanhará em outra dança, em terra ou sobre os galhos de uma árvore, amando-se logo depois. A serpente também dança: quando o casal, depois de um namoro de quinze minutos, enlaça os corpos e executa um bailado, com as cabeças em movimentos sincronizados, característicos de grande excitação. O colorido das penas é a grande arma do pavão, do faisão, do peru ou do galo para conquistar as fêmeas. Estes são todos polígamos, possuindo várias fêmeas e brigam violentamente por elas. Dá-se ao contrário com algumas espécies de aves pernaltas da China e da Índia, onde as fêmeas que lutam pelos machos, procurando mostrar-se atraentes. Elas são levianas e irresponsáveis, porque saem com qualquer um e têm horror à família, desprezando os filhotes. Num grande número de mamíferos superiores a aproximação sexual é feita pelo cheiro, como os odores produzidos pela secreção de almíscar, que é um excitante, como é o caso dos cães, gatos, veados e muitos outros animais que não resistem ao almíscar exalado pelas fêmeas. Os gafanhotos, quando estão enamorados, gritam até obter uma resposta e as tartarugas não têm pressa, pois a corte amorosa delas dura quase de uma estação a outra. Os lagartos praticam um amor violento, vez que vários machos disputam a mesma fêmea e os derrotados perdem a capacidade de distinção entre machos e fêmeas. Os prelúdios amorosos mais rápidos são os dos colibris e das moscas. As focas fêmeas dançam em redor do macho, tentando seduzi-lo. Entre as lesmas e caracóis, os seres nascem machos e se tornam fêmeas quando estão mais velhos. Entre as amebas, moluscos e insetos, o papel preponderante nas relações amorosas cabe à fêmea, em virtude de um maior tamanho e agressividade. Entre os mamíferos são os machos que tomam a iniciativa na conquista amorosa. Entre as libélulas o amor é a única razão para viver: os casais voam para o alto até consumarem o ato do amor, que imediatamente implica na morte dos dois amantes. Os machos que não puderam encontrar a sua fêmea continuam dançando até a morte pelo esgotamento de todas as energias. Os amores eternos são com as andorinhas, papagaios e periquitos. A fidelidade é com as andorinhas. Os salmões viajam distâncias em busca do amor para fecundarem suas fêmeas, pulando, inclusive, cachoeira acima, sem se importarem com ferimentos ou morte; essa migração é determinada pela variação do índice de salinidade das águas. Ocorre esse mesmo fenômeno com as tainhas, enquanto que nas enguias o comportamento é diverso, pois os casais vão da água doce para a salgada, na época da desova. As sardinhas mergulham profundamente procurando uma corrente mais fria, enquanto o cavalo marinho o macho é quem dança ao redor da fêmea, com a finalidade de melhorar a oxigenação, tornando-se ele responsável pela criação dos filhotes que se encontram nos poros da pele do macho onde são incubados. Os sapos são violentos: suas carícias costumam ferie as fêmeas, quando não as matam. Entre os sapos-parteiros é o macho que guarda os ovos fecundados e há uma espécie de sapo que guarda os ovos na boca, não podendo comer até o nascimento dos sapinhos. As borboletas e os besouros se casam para morrer: trata-se do amor caracterizado pelo sacrifício logo após a reprodução. Outro exemplo é o caso do louva-a-deus que é um amor suicida, pois é devorado pela fêmea ao mesmo tempo em que fecunda. Ele necessita salta sobre o dorso da fêmea e se não for um amante hábil perde a cabeça nas patas dianteiras da companheira, armadas por serras pontiagudas. Caso o macho não seja decapitado e consiga a aproximação, a fêmea não se faz de rogada: volta a cabeça e tranquilamente começa a devorar o companheiro. Caso o louva-a-deus seja decapitado logo ao iniciar-se a corte, mesmo assim ele cumpre sua missão, pois o sistema nervoso vegetativo continua em funcionamento até o final do ato. Também entre os escorpiões a fêmea mata o macho após o encontro sexual, que é realizado à noite, sob alguma pedra. Os contatos iniciais são pacíficos, quando o macho segura a fêmea pelas patas dianteiras, levando-a até à pedra, transformada em ninho de amor por quinze minutos, na duração do encontro. Depois do amor, o ódio. É então que a fêmea, como que arrependida, volta-se contra o companheiro e o devora. Semanas mais tarde ela será a carinhosa mãe de filhos envenenados. Nas formigas a morte do macho ocorre depois do voo nupcial, quando a fêmea que tem asas, ao contrário das operárias, atirar-se em voo rasante. O macho está agarrado às suas costas, não consegue manter-se e cai, morrendo em consequência da queda. Caso sobreviva, o macho ficará ainda algum tempo andando sem rumo, para morrer em seguida, porque não alimentar-se por seus próprios meios. O encontro sexual entre as formigas realiza-se durante várias horas, a grande altura, pouco depois de uma chuva de verão, quando a atmosfera encontra-se completamente limpa. No caso das abelhas, o macho, o zangão, não é morto pela fêmea fértil, a rainha, mas pelas operárias que são estéreis. A rainha, que é uma só para cada colmeia, é fecundada durante um voo nupcial, após ser perseguida no ar por todos os machos, durante quase três horas, em dia de sol claro. Os zangões menores que a rainha, uma abelha mais robusta, perseguem-na a distância, sendo, por isso, dotados de olhos duas vezes maiores que os da fêmea. Veja mais aqui.

O BRILHO NO TEATRO, CINEMA E TELEVISÃO - A atriz, cantora e ativista estadunidense Bernadette Peters atuou por décadas no teatro, no cinema e na televisão, realizando shows e gravações solo, iniciando sua carreira ainda criança. Além de suas atividades artísticas, ela teve a iniciativa de fundar uma organização beneficente animal, denominada Broadway Barks. Veja mais aqui e aqui.

DORO EMBRONCADO COM A FILA DE BANCO - Gente, num é que o Doro catimbozou brabo! Oxente, nunca vi o cara tão injuriado praguejando contra o que é conhecido por fila de banco. Ele já secou os cambitos nas filas da Caixa Econômica Federal de passar horas e horas quarando lá. Também já se entronchou todo nas filas do Bradesco, zigeuzagueando e se pendurando ora numa perna, ora noutra, para ver se o espinhaço agüenta chegar no guichê do caixa em situação de pedinte, pelo menos, porque estropiado o cara já chega lá. Mas não é só nesses não, em todos os bancos tem aquela famigerada fila desgraçada, o maior desrespeito com o consumidor! Dá pena passar pelos bancos em dia de pagamento de aposentados! E o Doro, invocado que só, saiu gritando: - Eu me estrupio todo mai num paro de recramá desses banco! Foi aí que ele se virou para mim e perguntou bem sisudo:- O que a gente faizi para acabá com essa semvergonhice de fila de banco, hem? Aí eu disse para ele que, por exemplo, o Ministério Público da Bahia entrou com Ação Civil Pública contra o Bradesco alegando: “defesa dos interesses difusos e coletivos, propondo AÇÃO CIVIL PÚBLICA, com fundamento no art. 129, III, da Constituição Federal, art. 1.º, III, e 5.º, caput, da Lei Federal 7.347/85, e art. 81, parágrafo único, I, da Lei Federal 8.078/90, contra BANCO BRADESCO S/A”. Ele ficou zarolho, com uma cara de interrogação maior que a admiração pela informação dada. - Cuma é que é que é? -, perguntou-me atarantado o Doro. - É o seguinte – disse eu enquanto ele ficava com cada boticão de olho para minha banda -, com base no Código de Defesa do Consumidor, já apareceu decisão de Tribunais de Justiça pelo Brasil inteiro, de que as filas de banco não podem ultrapassar o tempo máximo de 20 minutos.- Cuma é que é mermo, hem? - Isso mesmo, ninguém pode passar mais de 20 minutos numa fila do que quer que seja, pois isto está previsto no Código de Defesa do Consumidor e em várias decisões dos tribunais brasileiros. - E o que falta para isso valer de verdade? -, perguntou-me com a maior cara de tacho. - Já é de verdade, é só usar! E também, cobrar dos vereadores que estipulem o tempo máximo do consumidor na fila do seu município. Só isso. E dane Procon em cima das filas! - U-huuuuuuuuu! Agora é que eu quero ver! Xá comigo! –, saiu gritando Doro na maior doidice! Vamos aprumar a conversa, tataritaritatá e vamos n´hexa! Veja mais dele aqui.

IMAGEM DO DIA
Seleção de imagens eróticas realizadas por Ísis Nefelibata. Veja mais aqui e aqui.



Veja mais Fonte, Paul Éluard, Carl Orff, Michel de Montaigne, Alan Wilson Watts, Gabriel García Márquez, José Paulo Paes, Fernando Bonassi, Ingmar Bergman, Maurice Béjart, Rachel Lucena, Birgitta Valberg & Birgitta Pettersson aqui.


Também mais Holística, Pierre Bonnard, Claude-Achille Debussy, Laurindo Almeida, Carl Rogers & Emily Greene Balch aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
 CULTO
A doçura dos seus lábios alcança minha alma e me contempla com o mais extraordinário dos espetáculos: o espargir de todas as constelações siderais, premiando o meu desejo.
É quando o mel de sua língua deliciosa e atrevida diviniza a minha vida e o seu beijo faz de mim o mais amado entre os mortais.
(LAM)

 Veja aquiaqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá
Veja aqui.
 


JUDITH BUTLER, EDA AHI, EVA GARCÍA SÁENZ, DAMA DO TEATRO & EDUCAÇÃO LINGUÍSTICA

  Imagem: Acervo ArtLAM . A música contemporânea possui uma ligação intrínseca com a música do passado; muitas vezes, um passado muito dis...