sexta-feira, outubro 18, 2013

HILDA HILST, LINN HUNT, BATAILLE, ROBERT WRIGHT & LITERÓT


AH, ESSES LÁBIOS... – Ah esses lábios que me fazem morango orvalhado na gula dos seus desejos incendiários e se torna alvo perfeito pelo deleite de fruta madura na sede do meu corpo. Ah esses lábios são parcelas alquímicas no tesão que inflama a promessa de todas as delícias recônditas dos que desejam demais. Que molhados de gozo me carregam volúpia adentro dos sabores maciços mais apetitosos no mormaço de todas minhas lascívias de verão. São lábios bons de beijar pela reserva de mel que prova que não sou nada além da cobiça de ser sugado pela avareza dessas fatias de prazer na felação de todas as translúcidas luzes de se ser. São bons de chupar por serem salientes amálgamas que guardam a língua profana na festa dos meus bacos ressurgidos com sua porção mágica de me fazer homem de devaneios e subverte a banda lunar do meu vulcão ardente na orgíaca saliva que me lambuza todo na folia do sêmen que brota e renasce entre o batom da carne que beija o falo e sou sol mais que no meio-dia. Ah esses lábios querentes e requerentes de mim onde sou inteira nau adusta do dar-se em si até finar as horas na erupção de nossas vertigens em transe. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aquiaqui.

 

DITOS & DESDITOS - Vamos nos entregar a tudo o que sugerem as nossas paixões, e seremos sempre felizes. A consciência não é a voz da natureza, apenas a voz dos preconceitos…  Minha opinião quando se trata de prazer é que é necessário usar todos os sentidos... Pensamento do escritor libertino francês Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade (1740-1814). Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: A promiscuidade das representações do obsceno gerou o desejo por barreiras, catalogações, novas classificações e censura. Em outras palavras, a pornografia surgiu em resposta à ameaça da democratização da cultura. Pensamento da historiadora e escritora panamenha Linn Hunt. Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUEM MAIS FALOU A RESPEITO: O erotismo é a vontade de negar a morte, a afirmação da vida. O erotismo pertence ao sagrado... Pensamento do bailarino e coreógrafo francês Maurice Béjart (1927-2007). Veja mais aqui.

 

MATANDO A XARADA SOBRE O ASSUNTO: Pensar é um dos atos mais eróticos na vida de uma pessoa... Pensamento da premiadíssima escritora e imortal da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon (1937-2022). Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

EROTISMO - [...] Pode-se observar que o erótico tem um intenso tom de mistério, desejo, dependência da imaginação [...] O erotismo deixa transparecer o avesso duma fachada, cuja correta aparência nunca é desmentida: nesse avesso se revelam sentimentos, partes do corpo e modos de ser que vulgarmente temos vergonha [...]. Trechos extraídos da obra O erotismo (Antígona, 1988), do escritor francês Georges Bataille (1897-1962). Veja mais aqui e aqui.

 

PORNOGRAFIA - [...] A pornografia é comumente considerada como aquilo que transforma o sexo em produtos de consumo, está ligada ao mundo da prostituição e visa à excitação dos apetites mais ‘desregrados’ e ‘imorais’. Evoca um conceito mais carnal, sensorial, comercial e explícito. Erotismo, em contrapartida, é algo rendendo ao sublime, espiritualizado, delicado, sentimental e sugestivo. Com o próprio nome vem de um deus, não de ‘mulheres da vida’, o tipo de paixão que sugere lembra a sutileza, a tensão sexual implícita mas não abertamente exibida. [...]. Trecho extraído da obra Das maravilhas e prodígios sexuais: a pornografia bizarra como entretenimento (Annablume, 2006), do sociólogo Jorge Leite Júnior, para quem a elite trata a sexualidade como algo a ser considerado saudável, limpo, repleto de sentimentos, ou seja, erótico, enquanto a dos outros grupos, inferiorizados, é repleta de perversão, de atos animalescos e sentimentos repulsivos – melhor dizendo, pornográfica. Veja mais aqui e aqui.

 

CÓDIGO MORAL – [...] um código moral é um compromisso informal entre esferas concorrentes de auto-interesses genéticos, cada qual agindo para moldar o código para seus fins, usando quaisquer alavancas à disposição. [...]. Trecho extraído da obra O animal moral: porque somos como somos: a nova ciência da psicologia evolucionista (Campus, 1996), do escritor e jornalista estadunidense Robert Wright.

 

ACERCA DAS MULHERES DIGNAS DE LOUVOR – [...] Para que a mulher seja apreciada pelos homens deve ter uma cintura perfeita e ser roliça e provocante. Os cabelos deverão ser presos, a fronte larga, terá sobrancelhas da cor negra da Etiopia, olhos grandes e pretos, com a parte branca muito limpida. As faces de um oval perfeito, um nariz elegante e uma boca graciosa; os lábios e língua vermelhão; o hálito terá um cheiro agradável, a garganta alta, o pescoço forte, o busto e a barriga grandes; os seios devem ser chegios e firmes, a barriga bem proporcionada e o umbigo bem desenvolvido e marcado; o baixo-ventre deve ser amplo e a vulva saliente e carnuda desde o sítio onde os pelos crescem até às nádegas; o canal deve ser estrito e seco, macio ao tato, emitir grande calor e não ter mau cheiro; deve ter as coxas e as nádegas duras, as ancas grandes e cheias, uma cintura bem torneada, as mãos e os pés de uma elegância notória, braços roliços e ombros bem desenvolbidos. [...] Quando anda, as partes naturais aparecem realçadas debaixo da roupa. [...] está sempre arranjada com elegância, conserva o corpo na maior limpeza e tem cuidado para que o marido não veja nela nada que lhe possa repugnar. Perfuma-se com essencias, usa antimonio na toilette e limpa os dentes com suak. Uma mulher assim é apreciada por todos os homens. [...] Deus não dotou as partes da mulher de nenhum sentimento de prazer ou satisfação, senão quando penetradas pelo instrumento do macho; e, da mesma forma, os órgãos sexuais do homem não conhecem repouso nem tranqüilidade até haverem entrado nos da fêmea. [...] Daí, a mútua operação, que tem lugar nos desforços físicos, nos entrelaçamentos, em uma espécie de conflito animado entre os dois atores. Em virtude do contato entre os dois púbis, logo vem o prazer. O homem trabalha como se socasse uma mão de pilão, enquanto a mulher o secunda com movimentos lascivos; finalmente, chega a ejaculação. [...] Deus dotou-a de um ventre arredondado e um belo umbigo, e de ancas majestosas; e todas essas maravilhas são sustentadas pelas coxas. Foi entre estas últimas que Deus localizou a arena do combate; quando dispõe de carne abundante, assemelha-se à cabeça de um leão. Chama-se vulva. Oh, quantas mortes de homens jazem às suas portas? E entre eles, quantos heróis! [...] Deus proveu esse objeto com uma boca, uma língua [clitóris], dois lábios; é como a marca da pata de uma gazela deixada nas areias do deserto. [...] Depois, o Todo-poderoso mergulhou a mulher em um mar de esplendores, voluptuosidade e deleites, e cobriu-a com vestes preciosas, com cintas brilhantes, que provocam sorrisos. [...] Assim, demos graças a Ele, que criou a mulher e suas belezas, com sua carne apetitosa; que lhe deu cabelos, um rosto bonito, um colo com seios túmidos, e ademanes amorosos, que despertam o desejo. [...] O Senhor do Universo conferiu-lhes o império da sedução; todos os homens, fracos ou fortes, estão sujeitos à fraqueza pelo amor da mulher. Por intermédio da mulher, temos sociedade ou dispersão, permanência em um lugar ou emigração. [...] Trechos extraídos da obra O jardim perfumado: um panegírico do amor, um cântico à sensualidade, um clássico do erotismo (Europa-América, 1976), do xeque Omar Ibn Mohamed Al-Nefzaui, um manual de costumes sexuais escrito no início do século XVI, que revela curiosidades e costumes sexuais da África islâmica medieval. É considerado o Kama Sutra inclusive é citado na obra, porém, a franqueza e o colorido da linguagem, bem como os enredos mirabolantes de suas histórias que teve uma versão para o português de uma edição publicada em 1886, na Inglaterra, pelo célebre erudito britânico Richard Burton, que o traduziu de uma versão francesa, publicada antes de 1850. Infelizmente, porém, o pudor vitoriano da senhora Burton a fez queimar o manuscrito após a morte do marido, condenando aquela nova tradução ao total esquecimento. O texto é uma amostra vívida do modo de pensar e de fazer amor do modo árabe do século XVI, um elogio ao amor físico, sem hipocrisias ou meias palavras, embora redigido com a arte e a elegância características das verdadeiras obras-primas. As metáforas utilizadas pelo autor para os órgãos sexuais femininos e masculinos são engraçadas, criativas e até poéticas. Os apelidos que os árabes atribuíam às partes íntimas de homens e mulheres são tão insólitos quanto “o extintor de paixões”, “a primitiva”, “o cavador de poços”, “o libertador”, “a sempre pronta para a batalha”. Encontra-se também descrições meticulosas das inúmeras posições para o ato sexual, bons exemplos curiosos são “o parafuso de Arquimedes” e a “curva do arco-íris”. Conta a lenda que um escritor árabe fora condenado à morte e ia ser executado por ordem do rei de Tunes. Foi, no entanto, agraciado com uma condição: escrever um livro capaz de reacender as paixões do seu decrépito soberano. O escritor foi poupado à morte e o livro que lhe mereceu tal graça foi O Jardim Perfumado. Esta lenda é uma das explicações para o aparecimento desta obra, escrita, tanto quanto se sabe, pelo xeque, e em cuja data de composição os críticos ainda não acordaram. Esta é uma obra-prima da literatura árabe, colocada ao lado do Kama Sutra e tida como um dos poucos e excelentes livros sobre a arte do amor. É uma celebração das múltiplas maneiras em que homem e mulher se podem unir no prazer físico. Um cântico à sensualidade.

 

PORQUE HÁ DESEJO EM MIM - Porque há desejo em mim, é tudo cintilância. \ Antes o cotidiano era um pensar alturas\ Buscando Aquele Outono decantado\ Surdo à minha humana ladradura,\ Visgo e suor, pois nunca se faziam.\ Hoje, de carne osso, laborioso, lascivo,\ Tomas-me o corpo. \ E que descanso me dás\ Depois das lidas. Sonhei penhascos \ Quando havia o jardim aqui ao lado. \ Pensei subidas onde não havia rastros.\ Extasiada, fodo contigo\ Ao invés de ganir diante do Nada. Poema da escritora e dramaturga Hilda Hilst (1930-2004). Veja mais aqui e aqui.

 

PROGRAMA DOMINGO ROMÂNTICO – O programa Domingo Romântico que vai ao ar todos os domingos, a partir das 10hs (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação deste domingo aqui. Na edição deste 20 de outubro,  muitas atrações no Dia do Poeta, confira: Arthur Rimbaud, Silviane Bellato, Florbela Espanca, Vangelis & Jon Anderson, Cecilia Meirelles, Vladimir Maiakovsky, Três Corações, Chico Buarque, Kenny G, Rio São Francisco, Emerson & Lake & Palmer, Lenine, Zélia Duncan, Vinicius Cantuária, Fátima Guedes, Zeca Baleiro, Vanessa da Mata, Wanderléa, Gal Costa & Caetano Veloso, Geraldo Azevedo & Djavan, Maria Bethania, Ney Matogrosso, Angela Rô Rô, Toquinho, Jane Duboc, Elba Ramalho, Vander Lee, Simone, Beto Guedes, Sonia Mello, Teatro Mágico, Ribamar Soares, Inês Carreira & Pedro Limpo, Jane Mara, Inacio Loyola & Marcelo Nunes, Carmen Silvia Presotto, Adryanna BB & Gilvandro Filho, Monsyerrá Batista, Julia Crystal, Fabrício Barretto & Fabio Shiva, Tirso Florence de Biasi, Mônica Brandão, Beto Saroldi, Shahram Shiva, Marianna Leporace, Leureny Barbosa & muito mais! Participe, comente, curta online & abrilhante a nossa festa neste 20 de outubro, na programação da Cidade FM 87,9, a partir das 10hs. Não deixe de participar para concorrer a diversos prêmios: CDs, DVDs, livros & um tablet. Confira o programa e concorra a prêmios. Veja mais aqui.

SERVIÇO:

O que? Programa Domingo Romântico.

Quando? Neste domingo, 20 de outubro , a partir das 10hs.

Onde? Cidade FM 

Apresentação Meimei Corrêa.



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