JAMES BALDWIN – Para quem foi tratado por “negro sujo” por
seus compatriotas e chegar a dizer que “Ser
negro significava, exatamente, ser ignorado e ficar simplesmente à mercê dos
reflexos que a cor da pele de um homem provocava nos demais”, traz o tom
vigoroso e combativo que um escritor de relevo tem de enfrentar na sociedade. A
esse respeito, tive oportunidade de ler dois livros do escritor norte-americano
James Baldwin (1924-1987): Go tell it on
the mountain (Vá, diga isso à montanha) e Gionanni. Para se ter uma mínima ideia da sua arte, destaco de Giovanni: “[...] Muita coisa já foi escrita a respeito de amor que se transforma em
ódio, do coração que esfria com a morte do amor. Trata-se de um processo
notável, muito mais terrível do que qualquer coisa que eu tenha lido a
respeito, mais terrível do que tudo quanto possa dizer. [...] Isso porque sou – ou fui – uma dessas
pessoas que se orgulham da força de vontade, de sua capacidade de tomar uma
decisão e levá-la adiante. Essa virtude, como a maioria das virtudes, é a própria
ambiguidade. Quem acredita ter vontade firme e ser dono de seu próprio destino
somente pode continuar a crer nisso quando se torna especialista em enganar a
si mesmo. As decisões de gente assim não são realmente decisões, pois para
tomá-las, quando verdadeiras, sentimos estar à mercê de um numero incontável de
outras coisas, e não passam de complexos sistemas de evasão, ilusão, destinados
a fazer com que nós e o mundo pareçamos ser o que nem um nem outro é [...]”.
Imagem: Ninfas del mar, de Raul Villalba (hoje, na mitologia grega, é o dia consagrado ao Festival das Ninfas)
Ouvindo o álbum Chegada (2005), de Naná Vasconcelos.
RONALD AUGUSTO – Conhecer o trabalho do escritor, músico,
editor e ensaísta Ronald Augusto foi uma das gratas surpresas que tive nos
últimos tempos. Para quem não sabe, ele é integrante do conselho editorial da
excelente Sibilia – Poesia e Critica Literária e do grupo OsPoets (ao lado de
Alexandre Brito e Ricardo Silvestrin), autor dos livros No assoalho duro
(2007), Cair de Costas (2012) e Decupagens Assim (2012), entre outros. Também
edita os blogs Poesia-pau e Poesia Coisa Nenhuma que passei horas navegando e
curtindo cada post. Muito bons. Dele destaco Macajuba: “no zinco jovem (continuidade / persistência) grasna o antigo granizo / as
bátegas de água do céu ferindo / o chão de folhas secas coberto soam / como o
crepitar do fogo precipitado / no empenho de devastar o mundo / o mundo vigas
empenadas ainda / que inclinando a esgalhada cabeça / verdoenga respeitosamente
/ frontispício de ramos sem interruptores / ainda que mudando sua doença em
dança / não logra o indulto a palma e nem uma / pequena parte de sua margem
oposta: / um mundo adulto mais magro / de homens menos doutores menos nomes / elpenores
raimundos momos sem fundo / preguiçosas dobras de pele elefantina / (alfinetes
de ouro como estímulo) / * / continuísta a incúmplice realidade em / decupagem /
de lâmina objetiva marca a película / de luz ainda cinza do ar / a essa altura
uma garoa e agora um friúme / o firmamento repousa coeso a / velha montanha
masculina / e o vale / o primeiro círculo do firmamento / * / bosque de
ex-outono clareira em ocre / o movimento da luz no momento da / incontornável
signifixação mundo / conservado enterrado vivo num aquário / onde a água
envidraça-se / de uma a outra borda”.
MONIQUE BARCELLOS – Lançando em 2013 o seu livro Instintiva em prosa e verso, a
jornalista, escritora, artista plástica, professora e blogueira Monique
Barcellos reuniu poemas e narrativas num mesmo volume para consolidar suas
múltiplas atividades criativas. Para quem transita pela assessoria de imprensa,
radiodifusão (ela já tocou o programa de entrevistas Som de Rua), produção de
reportagens e projetos socioculturais, comprova simplesmente a sua
versatilidade e talento. Daqui nossos parabéns!
WANDERLÚCIA WELERSON SOTT MEYER – A escritora, pedagoga, psicóloga e
professora Wanderlúcia Welerson Sott Meyer mantêm dois blogs
maravilhosos em que divulga seus textos e impressões. Entre suas publicações
destaco o seu texto Reflexões interiores: “Dos
avessos que percebo entre realidades que não procuro a ilusão talvez, seja
porta entreaberta refletindo possibilidades. Temo que tomada por verdades que
nem ao menos sei se permanecem, a dureza das ações cotidianas possa envolver o
coração em um estado de torpor indefinido. Há reações que a alma desconhece,
contudo, convive por não encontrar caminhos e saídas. Ao tempo, caberá o
discernimento das escolhas que nem sempre são individuais. Circunstâncias de
vida que direcionam sem consulta prévia, conduzindo vontades exteriores, adaptações
que silenciam os anseios e entorpecem os sentidos”.
LIA ROSATTO – Hoje tive a oportunidade conhecer o blog Intervalo, da poetamiga Lia Rosatto,
reunindo poemas dos mais extraordinários poetas da literatura de língua
portuguesa, principalmente. Passeando pelos posts, encontrei alguns versos
dela, entre os quais destaco Palavras inesperadas: “Que sentimentos são esses / invadem minha alma / tira
calma / quantas vidas habitam meu ser / transformam calmaria em tempestade / como
conter / todos os sentidos / mar agitado / noite escura / lua semi nua”.
Veja mais sobre:
Os encantos de Valkyria Freya, Paulo Freire, Daniel Goleman, a
literatura de Pierre Michon,o teatro de Mario Viana,o cinema de Ferenc
Moldoványi, a música de Vânia Abreu, a pintura de Carolyn Weltman, a arte de
Alexis Texas, Merari Tavares, Saúde no Brasil, Fracasso Escolar & Professor
e aluno aqui.
E mais:
A poesia de Benhjamim Péret, Dolls &
Cátia Rodrigues aqui.
Paixão, a literatura de Francis Scott Fitzgerald & Djuna Barnes, o teatro de Sarah
Kane, o cinema de Ken Loach, a música de Regina Carter, a pintura de Pal
Fried & Carolyn Weltman & Jane Graverol, a fotografia de Wang Huaxiang,
Jurema Barreto de Souza, Gestão em Saúde, A relação entre professor & aluno
aqui.
A música de Kylie Minogue, a poesia de
Cláudio Manuel da Costa, o teatro de Michael Frayn,o cinema de Michel Gondry, a fotografia de Jeanine Toledo, a
pintura de Carl Larsson, Lucilene Machado, Kate Winslet, Hope 2050, aecamepa,
Administração Hospitalar & Síndrome de Burnout, Transtornos &
Distúrbios da Aprendizagem aqui.
O alvo do pódice, Cervantes, Márcia Tiburi, Giovanni
Sartori, a literatura de Rick Moody, o teatro de Mário Prata & Fernando
Rojas, o cinema de István Szabó, a música de Ferruccio
Busoni & Gertrud Schilde, a pintura de Omar Ortiz & Emerico Imre
Toth, Rachel Weisz, Ádila J. P. Cabral, A Trajetória da Mulher & O cérebro
na escola aqui.
Solfejo de uma ária amanhecida & a pintura de Max
Klinger aqui.
Cecília Meireles, Pablo Milanés.
Pedrinho Guareschi & O mistério da Consciência,
o cinema de Jean-Luc Godard, a
pintura de Johan Christian Dahl, Juliette Binoche e Myriem
Roussel, Costinha, O sufrágio feminino & Programa
Tataritaritatá aqui.
Leibniz, Manoel Bentevi, Alceu
Valença, Helena Cristina & Programa Tataritaritatá aqui.
Hermann Hesse, a poesia de Wislawa
Szymborska, a literatura de Evelyn Lau, a música de Christoph
Willibald Gluck & Daniella Alcarpe, a fotografia de Bárbara
Angel aqui.
Franz Kafka, a pintura
de Anna Chromý, a música de Leoš
Janáček & Karyme Hass & Ibys Maceioh aqui.
Adolfo
Casais Monteiro, Roberto Burle Marx, a
música de Astor Piazzola, a
poesia de Antonio Miranda, Adriana Garambone & Doro na Copa do Mundo aqui.
Todo dia é dia
da mulher aqui.
A croniqueta de
antemão aqui.
Palestras:
Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis
do Nitolino aqui.
&
Agenda de
Eventos aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.