sexta-feira, novembro 23, 2007

WISLAWA SZYMBORSKA, CORA CORALINA, SVETLANA ALEKSIÉVITCH, CLARA MACHADO, KENNETH NOLAND, HOMEM X MULHER, LITERÓTICA, SEXUALIDADE & PREVISÕES DO DORO

 
A arte do artista visual estadunidense Kenneth Noland (1924-2010).

ERA O AMOR: UMA - RITUAL DIÁRIO DO DESEJO – Era madrugada e à sua janela, meu desejo sussurrava por ela. Mais que providente, vestes sumárias e em desalinho, jeito sensual seminua, chaves na fechadura, trincos voltados, portas abertas: abraços e beijos no jardim da madrugada. Ela me permitia beijar-lhe demoradamente, enquanto minhas mãos vasculhavam suas carnes para meu bel prazer: suas ancas voluptuosas, seu glúteo apetitoso, seus seios fartos, sua carne saborosa. Levantava-lhe a minissaia e a calcinha úmida de cio, loucura da paixão. Queríamos e muito. Ela me puxava para um cantinho escuro do jardim e se ajoelhava para beijar sobre a calça o sexo rijo. Alisava com as duas mãos possessivas, beijava percorrendo toda a extensão do meu pênis. Desabotoava minha calça, descia o zíper, removia a cueca e puxava carinhosa e ternamente o meu caralho para alisar com seus lábios sedentos, sua língua avassaladora, sua boca devoradora. E me engolia gemente e me chupava providente e me lambia deliciosamente e eu a ponto de não mais me segurar, esporrava enlouquecidamente, enquanto ela mais chupava e tomava tudo de mim para si num gozo extasiante de plena satisfação. Completamente tomado por sua felação domadora, ela ainda mais beijava e lambia meu pênis até ver-me completamente renascido em sua boca amante. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.


DITOS & DESDITOS - Toda imperfeição é mais fácil de tolerar se servida em pequenas doses. Prefiro o inferno do caos ao inferno da ordem.... Pensamento da poeta, critica literária e tradutora polonesa e Prêmio Nobel de Literatura, Wislawa Szymborska (1923-2012). Veja mais aqui, aqui & aqui.

ALGUÉM FALOU: Eu te escolhi. Outros me olhavam, outros pareciam talvez até um pouco mais interessantes, mas eu escolhi você. Que esquisito, eu já havia escolhido outros outras vezes. Dessa vez tudo foi diferente, dessa vez não era tão simples assim, dessa vez havia um diferencial tão complexo: você me escolheu também. Expressão da escritora e dramaturga Maria Clara Machado (1921-2001). Veja mais aqui & aqui.

VOZES DE TCHERNÓBIL - [...] Não sei do que falar… Da morte ou do amor? Ou é a mesma coisa? Do quê? Estávamos casados havia pouco tempo. Ainda andávamos na rua de mãos dadas, mesmo quando entrávamos nas lojas. Sempre juntos. Eu dizia a ele "eu te amo". Mas ainda não sabia o quanto o amava. Nem imaginava… Vivíamos numa residência da unidade dos bombeiros, onde ele servia. No segundo andar. Ali viviam também três famílias jovens, e a cozinha era comunal. Embaixo, no primeiro andar, guardavam os carros, os carros vermelhos do corpo de bombeiros. Esse era o trabalho dele. Eu sempre sabia onde ele estava e o que se passava com ele. No meio da noite, ouvi um barulho. Gritos. Olhei pela janela. Ele me viu: "Feche a persiana e vá se deitar. Há um incêndio na central. Volto logo". A explosão, propriamente, eu não vi. Apenas as chamas, que iluminavam tudo… O céu inteiro… Chamas altíssimas. Fuligem. Um calor terrível. E ele não voltava. A fuligem se devia à ardência do betume, o teto da central estava coberto de asfalto. As pessoas andavam sobre o teto como se fosse resina, como depois ele me contou. Os colegas sufocavam as chamas, enquanto ele rastejava. Subia até o reator. Arrastavam o grafite ardente com os pés… Foram para lá sem roupa de lona, com a camisa que estavam usando. Não os preveniram, o aviso era de um incêndio comum… Quatro horas… Cinco horas… Seis… Nós tínhamos combinado de ir às seis horas à casa dos pais dele, para plantar batatas. [...] Às vezes parece que escuto a voz dele… Que está vivo… Nem as fotografias me tocam tanto quanto a voz dele. Mas ele nunca me chama. Nem em sonhos… Sou eu que o chamo… Sete horas… Às sete horas me avisaram que ele estava no hospital. Corri até lá, mas havia um cordão de policiais em torno do prédio, ninguém passava. As ambulâncias chegavam e partiam. Os policiais gritavam: "Os carros estão com radiação, não se aproximem". Eu não era a única, todas as mulheres cujos maridos estavam na central naquela noite vieram correndo, todas. Quando vi saltar de um carro uma conhecida que trabalhava como médica no hospital, corri e a segurei pelo jaleco: "Me deixe entrar!" “Não posso! Ele está mal. Todos estão mal.” Agarrei‑a com força: "Só quero ver o meu marido." "Está bem", ela disse. "Vamos correr. Mas só por quinze, vinte minutos." Eu o vi… Estava todo inchado, inflamado… Os olhos quase não apareciam… "Ele precisa de leite. Muito leite!”, ela me disse. “Eles devem beber ao menos três litros." "Mas ele não bebe leite." "Agora vai ter de beber." [...] Ela imediatamente me perguntou: "Querida! Pobrezinha… Você tem filhos?". Como dizer a verdade? Estava claro que eu devia esconder a minha gravidez, ou não me deixariam vê‑lo! Ainda bem que eu era muito magra e não se notava nada. "Tenho", respondi. "Quantos?" Eu pensei: "É melhor dizer dois. Se disser um, talvez não passe". "Um menino e uma menina." "Se são dois, então, creio que não terá mais. Agora escute: o sistema nervoso central foi completamente atingido, a medula está totalmente afetada." "Bem", pensei, "ele deve estar mais nervoso." "Mais uma coisa: se você chorar, eu a retiro de lá imediatamente. É proibido abraçar e beijar. Não se aproxime muito. Você tem meia hora." Mas eu sabia que não iria embora dali. Só iria com ele. Eu havia jurado a mim mesma! [...] Há um fragmento de uma conversa… Agora me veio à lembrança. Alguém tentava me convencer: "Você não deve se esquecer de que isso que está na sua frente não é mais o seu marido, a pessoa que você ama, mas um elemento radiativo com alto poder de contaminação. Não seja suicida. Recobre a sensatez." Mas eu estava como louca: "Eu te amo! Eu te amo!" Enquanto ele dormia, eu sussurrava: “Eu te amo!”. Caminhava no pátio do hospital: "Eu te amo!". Levava a comadre: "Eu te amo!". Ficava me lembrando de como vivíamos antes, da nossa casa… Ele só dormia segurando a minha mão. Tinha esse hábito, pegar no sono segurando a minha mão. A noite toda. [...]. Trechos extraídos da obra Vozes de Tchernóbil (Porto, 2015), da escritora e jornalista bielorrussa Svetlana Aleksiévitch. Veja mais aqui.

POEMINHA AMOROSO - Este é um poema de amor / tão meigo, tão terno, tão teu... / É uma oferenda aos teus momentos / de luta e de brisa e de céu... / E eu, / quero te servir a poesia / numa concha azul do mar / ou numa cesta de flores do campo. / Talvez tu possas entender o meu amor. / Mas se isso não acontecer, / não importa. / Já está declarado e estampado / nas linhas e entrelinhas / deste pequeno poema, / o verso; / o tão famoso e inesperado verso que / te deixará pasmo, surpreso, perplexo... / eu te amo, perdoa-me, eu te amo... Poema da poeta Cora Coralina (1889-1985). Veja mais aqui & aqui.



HOMEM X MULHER - (Imagem: Homem X Mulher, direitos e deveres, de Damião Metamorfose) - A GENÉTICA - O princípio básico da genética é conhecer o material genético do ser humano e, assim, observar seu funcionamento e suas anormalidades. No núcleo de cada célula do indivíduo, está contido o material genético, acondicionado em cromossomas. Esses são compostos de ácido desoxirribonucléico (DNA) e nucleoproteínas complexas. Cada pessoa possui 22 pares que são iguais tanto nos homens quanto nas mulheres, estes são denominados autossomas. A diferenciação se dá com o 23o par, os cromossomos sexuais, o qual, nas mulheres, é composto de dois cromossomas X e, nos homens, de um cromossoma X e um cromossoma Y. Desse par de cromossomas sexuais, um é proveniente da mãe e outro do pai. Por meio de estudo científico descobriu-se que as células sexuais das mulheres, durante a intérfase, apresentavam cromatina sexual, enquanto as do homem não. A presença ou não da cromatina sexual, se deu por conta da teoria de inativação do X. Tal teoria se fundamenta em que as células somáticas das mulheres normais possuem um cromossoma X inativado, igualando, assim, a expressão de genes ligados ao X nos dois sexos. O X inativado é representado pelo corpúsculo de Barr. Dessa forma, todas as células somáticas diplóides, tanto nos homens quanto nas mulheres, possuem um único cromossoma X ativo, seja qual for o número de Xs ou Ys presentes. Ainda não se sabe qual é o papel exato dos cromossomas sexuais na diferenciação sexual, visto acreditar-se que o cromossoma Y não é o único determinante do sexo fenotípico. Durante a espermatogênese e a oôgenese há a produção de espermatozóides e óvulos contendo um dos dois cromossomas que irão determinar o sexo genético. No óvulo, há a presença apenas de cromossomas X, visto que a mulher não possui o Y. No espermatozóide pode haver a presença do cromossoma X ou do cromossoma Y. O cromossoma Y é muito menor que o X e possui os genes que fazem com que as gônadas de um feto se diferenciem em testículos. Portanto, o espermatozóide é que determina o sexo genético do zigoto. Se ele tiver o cromossoma Y, o 23o par será formado por XY; se ele tiver o cromossoma X, será XX. O cromossoma Y confere o sexo genético masculino, e o X confere o sexo genético feminino.
A ANATOMIA E FISIOLOGIA NA SEXUALIDADE: HOMEM X MULHER - HOMEM – Anatomia sexual masculina compreende os órgãos sexuais masculinos compõem-se de genitália externa e genitália interna. A genitália externa compõe-se da bolsa que contém os dois testículos e parte do pênis. A bolsa escrotal é formada por uma camada muito fina enervada por fibras musculares que afastam os testículos com o calor e os aproxima com o frio, a fim de que a produção dos espermatozóides se mantenha sempre na mesma temperatura (abaixo de 37º). Nos testículos são produzidos os espermatozóides e os hormônios LH, FSH e testosterona. A testosterona, a principal substância secretada pelos testículos, é inibidor primário da secreção de LH nos homens. A testosterona pode ser metabolizada no tecido periférico e transformada no potente androgênio diidrotestosterona ou no potente hormônio estrogênico estradiol. Esses androgênios e estrogênios agem de forma independente na modulação da secreção de LH. O mecanismo de controle por retroalimentação dos níveis de FSH é regulado por uma substância produzida pelas células de Sertoli, chamada inibina. Reduções na espermatogênese são acompanhadas por menor produção de inibina, e essa diminuição da retroalimentação negativa está associada à elevação recíproca dos níveis de FSH. Aumentos isolados dos níveis de FSH constituem importante e sensível indicador do estado do epitélio germinativo. A prolactina também apresenta complexa inter-relação com as gonadotrofinas, o LH e o FSH. Nos homens com hiperprolactinemia, a prolactina tende a inibir a produção de gonadoliberina. Além de inibir a secreção de LH e a produção de testosterona, níveis elevados de prolactina podem exercer efeito direto sobre o sistema nervoso central. Em pessoas com níveis elevados de prolactina tratados com testosterona, a libido e a função sexual não voltarão ao normal enquanto os níveis de prolactina se mantiverem elevados. O saco escrotal é a bolsa que está logo atrás e abaixo do pênis. O saco escrotal contém as glândulas sexuais masculinas, ou testículos. A principal função do saco escrotal é a de manter a temperatura dos testículos à aproximadamente 34ºC, pois nessa temperatura a produção de espermas é otimizada. O pênis é um órgão cilíndrico, composto, em sua maior parte, por tecidos que podem enrijecer-se quando se enchem de sangue. Esses tecidos estão imediatamente abaixo da pele e separados do conduto urinário. Estão agrupados em duas espécies de cilindros, uma ao lado do outro, chamados "corpos cavernosos" e se estendem desde o osso púbico até a glande. Normalmente, as paredes que constituem esses corpos cavernosos estão quase secas, pregadas uma à outra. Quando, durante a excitação sexual, o sangue entra nesse tecido, fica retido lá dentro. Produz-se então uma clara expansão, tanto no sentido longitudinal, como na largura. Este é o mecanismo estrito da ereção: o enchimento, com sangue, desses tecidos habitualmente vazios. Enquanto o sangue fica retido dentro dos corpos cavernosos, a ereção se mantém. Ela é conseqüência do fluxo de entrada, menos o fluxo de saída.Quando existe alguma alteração no volume de sangue que chega (arterial) ou na quantidade de sangue que sai (venoso), o sangue escapando pelas veias penianas para o interior do abdome, ocorre a chamada detumescência, cuja conseqüência final é a ausência de ereção, a flacidez. O pênis em estado de repouso tem um tamanho diferente de quando ereto, que, dessa forma, pode ficar até três vezes maior. A parte externa do pênis chama-se rafe peniana ou corpo do pênis, e constitui sua parte pendular. A parte separada do corpo do pênis por um suco coronal, chama-se glande. Esta é a parte mais sensível do pênis devido às inúmeras terminações nervosas, papilas gustativas e corpúsculos sensíveis à pressão e ao tato. Na extremidade inferior da glande, encontramos o meato uretral, que é o orifício por onde são expelidos o esperma e a urina. No homem, o pênis e o saco escrotal são os orgão sexuais externos do homem. A glande do pênis - a glande constitui a cabeça do pênis. Em homens não circuncisados, a glande está geralmente coberta pelo prepúcio. A glande é altamente sensível, assim como a coroa. A coroa é a parte do pênis que demarca onde a glande e o corpo se juntam. O prepúcio é a pele que cobre a cabeça do pênis em homens não circuncisados, é a pele que cobre o pênis e a glande até o sulco coronal. Fimose é quando essa pele tem um orifício muito pequeno, dificultando a exteriorização da glande. Quando é excessivamente longa, trata-se de prepúcio redundante. Nesses dois casos deve ser feita uma intervenção cirúrgica. O frênulo é uma pequena faixa de carne localizado na parte de baixo do pênis ligando o corpo à cabeça. O pênis do homem brasileiro em ereção tem em média de 8 a 14cm. É muito raro um homem que tenha um pênis pequeno a ponto de impedi-lo de ter uma atividade sexual normal. Teria que ter menos de 4cm no estado flácido e 7cm em ereção. Já a genitália interna é composta dos órgãos que compõem a genitália interna masculina são a glândula prostática, o canal deferente, as glândulas de Cooper e o utrículo prostático. Na anatomia interna, os testículos são as duas glândulas sexuais masculinas e estão localizadas dentro do sacro escrotal ou escroto. Têm a finalidade de produzir esperma e testosterona. Cada testículo produz em média 150 milhões de espermatozóides à cada 24 horas. O epidídimio é a "sala de espera" dos espermatozóides que foram produzidos pelos testículos. Eles ficam aqui até a ejaculação. O ducto deferente é o ducto ou canal que liga o epidídimio à vesícula seminal. Este é o canal que é cortado no procedimento da vasectomia. A vesícula seminal produz o sêmen, um fluído que ativa e protege os espermatozóides depois da ejaculação. A próstata também produz um fluído que constitui o sêmen. A próstata ao se comprimir, controla o canal da uretra para a bexiga, evitando assim que a urina se misture ao sêmen. O corpo cavernoso são dois cilindros de tecido esponjoso em ambos os lados do pênis que retêm o sangue das artérias causando a ereção. O duto ejaculatório é o caminho pelo qual o sêmen passa na ejaculação. As glândulas de Cooper estão situadas na base do pênis. Em situação de excitação sexual, elas secretam um líquido transparente e viscoso que neutraliza a acidez causada pela urina. Os espermatozóides são nutridos com um líquido alcalino rico de nutrientes e prostaglandinas produzidos na glândula prostática e sua locomoção depende do líquido seminal produzido na vesícula seminal. As glândulas de Cooper são responsáveis pelo líquido produzido durante a excitação, preparando a mucosa da glande para facilitar na hora a penetração na hora do coito. O canal por onde passa a urina e ou o esperma, a uretra, começa depois da bexiga e termina na ponta da glande. O processo ejaculatório é controlado por dois sistemas nervosos, o SNN que depende de nossa vontade e o SNI que é involuntário. A produção dos espermatozóides ocorre nos testículos, que seguem pela cauda do epidídimo, chegando ao canal deferente, quase na base da bexiga, recebem o líquido seminal e prostático. Até aí, o processo pode ser controlado, porém se o esperma avançar para dentro do pênis além do bulbo uretral, a ejaculação é inevitável.
MULHER – Já o conjunto de órgãos genitais femininos é dividido em externos e internos. Na mulher, a anatomia externa comprende a vulva que é a parte externa do orgão sexual da mulher. Os órgãos genitais femininos externos são aqueles que, devido à repressão da sexualidade, um grande número de mulheres nunca examinou atentamente sua própria anatomia genital. Para conhecê-los bem as mulheres devem pegar um espelho e se agachar, abrir as pernas, e colocar o espelho no chão, entre as duas pernas. Deve-se fazer um exame durante alguns minutos seus órgãos genitais para identificar as várias estruturas anatômicas.  Toda essa área dos órgãos genitais que está sendo vista é conhecida como vulva, ou genitália externa. Há várias estruturas formando a genitália. Monte de Vênus é a área acima do osso púbico, geralmente coberta de pelos, sendo, portanto, o coxim gorduroso que cobre o osso pubiano e localiza-se abaixo do abdomen e acima do prepúcio clitoriano. O Monte de Vênus é sensível em algumas mulheres e protege o osso pubiano diminuindo o impacto durante a relação sexual. A parte externa do ânus é enervada pelos ramos do nervo pudendo, que chegam às outras partes da genitália feminina. Aí existem também fibras sensitivas que, quando estimuladas, podem ser extremamente prazerosas. Órgãos genitais femininos internos são aqueles identificados como a genitália interna feminina que é formada pela vagina, colo do útero, útero, trompas de falópio e ovários. A vagina é formada por uma série de músculos, mede de 7 a 10 cm de comprimento. Possui suas paredes extremamente vascularizadas e, durante a fase de excitação máxima produz um líquido lubrificante. A vagina é um orifício virtual, ou seja, suas paredes são coladas, e se abrem na hora da excitação. Lábios são duas estruturas duplas que cercam as aberturas da vagina e da uretra. Lábios externos ou grandes lábios são grandes dobras cobertas de pêlos. Os grandes lábios são as pregas de tecido fibro-gorduroso que vão do Monte de Vênus ao períneo. São geralmente cobertos por pêlos pubianos e possuem várias glândulas sudoríperas e sebáceas. Alguns dizem que o cheiro expelido por tais glândulas são sexualmente estimulantes. Lábios internos ou pequenos lábios: são estruturas sem pêlos, que contém uma maior concentração de terminações nervosas. Os pequenos lábios formam uma capa de pele que cobre a ponta do clitóris. Os pequenos lábios constituem-se de fibras elásticas e conjuntivas e estão localizados entre os grandes lábios. Protegem a vagina, a uretra e o clitóris. A aparência dos pequenos lábios podem variar muito de mulher para mulher. Tanto os pequenos quanto os grandes lábios são muito sensíveis ao tato e à pressão. O clitóris está localizado entre o topo dos lábios pequenos e o prepúcio clitoriano, sendo uma saliência carnuda e muito sensível correspondente ao pênis. Durante uma estimulação sexual, o clitóris pode extender-se e o prepúcio retrair-se deixando-o mais acessível. O tamanho do clitóris varia mulher para mulher. Alguns são muito pequenos e outros são tão grandes que o prepúcio não chega à cobri-lo totalmente. O prepúcio do clitóris é a dobra de pele localizada acima do clitóris. O Clitóris em sua maior parte não pode ser vista, pois sua haste é localizada internamente. A única parte visível é a ponta, do tamanho aproximado de uma ervilha, também conhecida como glande clitoriana. Localiza-se logo abaixo do ponto em que os pequenos lábios se encontram, e na maioria das mulheres é extremamente sensível ao toque e à pressão. O Ponto-G foi descrito primeiramente pelo médico alemão Ernst Grafenberg., localizado na região conhecida como glândula Skenes que tem um propósito ainda desconhecido. Apesar da controvérsia, muitas mulheres afirmam que a pressão nessa área da vagina é extremamente prazerosa. Na parte central existem três orifícios: a uretra, a vagina e o ânus. A abertura da uretra está logo abaixo do clitóris. Não está relacionado com o ato sexual ou com a reprodução, mas é a passagem por onde passa a urina. Por estar muito próximo ao ânus, as mulheres devem sempre se limpar com movimentos da frente para trás, evitando assim possíveis infecções da vagina e da uretra por bactérias que estão na região do ânus. O meato da uretral, por onde sai a urina, está na linha média entre o clitóris e o orifício da vagina, que, apenas na espécie humana, é fechado parcialmente por uma membrana chamada hímen. O hímen é perfurado, tendo um orifício, de forma e dimensão variáveis de mulher para mulher, que permite a saída do sangue menstrual. A anatomia interna feminina compreende a vagina que é um canal elástico que extende-se da abertura vaginal até o colo uterino. Localizado entre a uretra e o ânus, tal canal tem em média 12 cm de comprimento. A vagina é o receptor do pênis em uma relação sexual, e é o canal por onde passa o bebê durante o parto. Assim sendo, tem a capacidade de acomodar qualquer tamanho de pênis, voltando ao seu estado normal após a relação. A parte mais externa da vagina é a mais sensível. A distância entre o orifício vaginal e o clitóris é em média de 3,5cm. O períneo é a pequena região que começa na parte de baixo da vulva e extende-se até o ânus. Em algumas mulheres o períneo é uma região muito sensível ao tato e à pressão. Possui área da pele sem pêlos entre a base dos lábios e o ânus. Embora muitas mulheres não se dêem conta disso, o períneo é muito sensível ao toque e à pressão, devido à sua rica enervação. O colo uterino é a abertura do útero por onde os espermatozóides sobem em direção ao ovário. Pode variar de 1 a 3 milímetros dependendo do cilclo menstrual em que a muher esteja. Também é a região por onde a menstruação desce do útero para a vagina, e possui inúmeras glândulas produtoras de muco. É localizado no fundo do tubo vaginal, e existe nele um orifício que permite a entrada dos espermatozóides na trompa. Suas glândulas secretam um muco transparente e que, no período de pico ovulatório, ou seja, por volta do 14º dia após a menstruação, liberam um muco cristalino indicativo de que a mulher está ovulando. É nesse período que a concepção pode ocorrer se a mulher tiver tido relações sexuais. Por medida de segurança, se não interessar a gravidez, as relações devem acontecer dez dias antes e depois dessa fase. O útero é o principal órgão reprodutivo da mulher. É lá que se desenvolvem os fetos durante todo período da gravidez. É constituído por fortes músculos que empurram o bebê para fora durante o parto. Possui o formato de uma pêra invertida. É constituído de fibras musculares e coberto internamente por uma membrana chamada endométrio, que, dependendo das variações estrogênicas, durante o ciclo menstrual, apresenta-se pregueada e que, em torno do 28º dia do ciclo, sob ação dos hormônios, desprende-se e descama, formando o que conhecemos por menstruação. As trompas uterinas são dois tubos que se abrem no ovário. São nelas que que ocorre o encontro do óvulo com o espermatozóide. De lá, o óvulo fecundado migra para o útero na formação do feto. Os ovários são as glândulas sexuais femininas ou gônadas, responsáveis pela produção total de 200 mil óvulos durante a vida de uma mulher. Além disso, segregam hormônios - os estrógenos e a progesterona - que determinam as características sexuais secundárias femininas. Possuem duas funções básicas: a produção dos hormônios femininos, e a maturação e expulsão dos óvulos. No nascimento, os ovários chegam a conter 400,000 óvulos. Depois da maturação, um único óvulo viaja até a trompa uterina, uma jornada que dura de 3 à 4 dias - esse é o período em que a mulher está fértil e no qual a gravidez pode ocorrer. Óvulos que não forem fecundados serão expelidos durante a menstruação. A cada mês, no meio do ciclo menstrual, um óvulo é liberado pelo ovário e inicia uma viagem pelo corpo da mulher descendo em direção ao útero pelas Trompas de Falópio, onde poderá ser fertilizado pelo espermatozóide, dando origem à célula-ovo. Quando o óvulo não é fertilizado, naturalmente rompe-se e é absorvido pelas células da trompa de Falópio. O endométrio (o "forro do útero") deixa de se preparar para a fecundação e o volume de hormônio diminui. O endométrio se desintegra sem os hormônios que o sustentam e desce a menstruação. As placas de sangue escuro que aparecem no fluxo menstrual são os resíduos do endométrio. Ainda vem o Eixo Hipotâlmico-Pituitário-Gonadal. O hipotálamo é o centro integrador do eixo reprodutivo e recebe mensagens do sistema nervoso central e dos testículos para a regulação da produção e secreção de hormônio liberador de gonadotropina (GNRH). Os neurotransmissores e neuropeptídeos tanto exercem influência inibidora como condicionante sobre o hipotálamo. O hipotálamo libera a GNRH de forma pulsátil, o que parece ser essencial para estimular a produção e liberação de hormônio luteinizante (LH) e hormônio foliculoestimulante (FSH). É interessante e paradoxal constatar que, após a estimulação dessas gonadotropinas, a exposição constante à GNRH resulta na inibição da sua liberação. O LH e o FSH são produzidas na pituitária anterior e secretadas de forma intermitente em resposta à liberação pulsátil de GNRH. O LH e FSH ligam-se a receptores específicos nas células de Leydig e nas células de Sertoli que se encontram nos testículos. A natureza feminina apresenta uma infinidade de traços muito peculiares que exigem uma compreensão mais profunda. É necessário entendermos como os caracteres anatômicos, fisiológicos e psíquicos da mulher interagem entre si, e como essa totalidade complexa se reflete na problemática ginecológica. Não são apenas "partes" ou fragmentos isolados do corpo da mulher que exigem a atenção do profissional, mas sim o todo do feminino, a sua totalidade somatopsíquica. Desse modo, a prática da Ginecologia deve abranger não só a Medicina e a Biologia, como também a Psicologia e a intrincada relação mente-corpo. Além disto, ela está muito mais próxima da reflexão filosófica e metafísica do que talvez possa parecer.
O SEXO – Homens e mulheres procuram o sexo. Entretanto, é preciso ter desejo para se buscar um bom sexo, mas sem um bom funcionamento da aparelhagem sexual, não há condições. Os órgãos sexuais do homem e da mulher diferem, mas eles são muito mais que o sistema genital, não sendo formados apenas pelo pênis ou pela vagina. O aparelho sexual é um conjunto amplo de órgãos que responde ao estímulo sexual. Alguns estão na área genital, outros, fora, isto é, intra e extragenital. Na mulher, os principais órgãos de prazer são o clitóris e a vagina. No entanto, em todo o corpo pode-se encontrar partes responsivas ao desejo sexual: os seios (mamas), a própria pele, o ânus e o reto, e mesmo os órgãos internos como o útero, a uretra, e a bexiga. No homem, o pênis é o principal órgão. No entanto, não é o único "artista". O escroto (saco, pele que recobre os testículos) e os testículos (ovos) também fazem parte desse conjunto, tanto quanto a pele, os mamilos, o reto, o ânus, a bexiga e a uretra. Os avanços científicos principalmente bioquímicos sobre a fisiologia sexual masculina no final dos anos 80 e na década de 90 introduziram um arsenal farmacoterápico para os problemas sexuais masculinos principalmente os de causa não emocional. Em ambos os sexos, há duas importantes reações fisiológicas quando se inicia o estímulo sexual: a vasocongestão e a miotonia. A vasocongestão nada mais é que o enchimento de sangue dentro dos órgãos. A miotonia é a contração regular ou em espasmos involuntários que se observa em alguns tecidos musculares. O acúmulo de sangue no pênis é o responsável pela ereção. Na mulher, o acúmulo de sangue no clitóris, nos pequenos e grandes lábios e no terço inferior da vagina forma o que denominamos de Plataforma Orgásmica. Um pouco antes do clímax sexual, a tensão muscular e a vasocongestão atingem o seu auge, a miotonia aparece como espasmos. Então ocorre a tão esperada explosão orgásmica, quando há liberação de toda essa tensão, e um sentimento de profundo deleite, de bem-aventurança. Uma substância chamada endorfina é liberada pelo cérebro, sendo responsável pelo prazer e por aquele "soninho" depois do sexo.
BIBLIOGRAFIA
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VEJA MAIS:
 As trelas do Doro, Fedro, Augusto de Campos, Mário Palmério, Ártemis, Gioachino Rossini, Jacques Rivette, Big Shit Bôbras, Dalinha Catunda, Rachel Félix, Marie McDonald & Greg Williams aqui.

Lawrence Ferlinghetti, Dario Fo, Peter Greenaway, Milton Nascimento, Edward Weston & Leo Lobos aqui.

Darcy Ribeiro, Annie Besant, Stephen Spender, Direito do Idoso, Paz Vega, Alessandro Stradella, Prosper Mérimée, Nicolaes Berchem, Rita Cléos & Hanz Kovacq aqui.  

AS PREVISÕES DO DORO:
SAGITÁRIO (22 de novembro – 21 de dezembro) - SACADA PRÉVIA: Você, minha amiga centaura – aquela maravilha da cabeça de vento e busto de mulher com corpo de égua no cio, desenfreada, devassa e embriagada de paixão e vida -, que é de fogo – eita, tição! Segura a onda na beiçada e na perseguida, viu? - otimista, generosa, caçadora, impulsiva, divertida, expansiva & tudo mais, lembre de uma coisa: deixe de lado esse negócio de não querer crescer! Só deu certo mesmo essa síndrome de Peter Pan para o Gunter Grass para fazer “O tambor”, sabia? Não cola mais. Outra coisa: você é linda por dentro e por fora, além de ser uma parceira alegre e apaixonante, mas não pense que tudo é uma piada. Assim, não dá. Para você tudo passa, mesmo que tudo esteja péssimo. Mesmo que tenha de sofrer, você supera tudo, sim, afinal você é magistral que nem Vera Fisher, reboladora feito a Cristina Aguilera, enfeitiçadora como a Clarice Lispector, sensual que só a Kim Basinger, provocante que nem a Maria Paula, fogosa que nem Britney Spears, sacadora safadinha que nem a Daniele Winits, jeitosa que só a Penélope Cruz, linda que nem Jane Fonda, exuberante que nem Katie Holmes, talentosa que nem Anita Malfati, oh trocinho gostoso de se ver você é, hem? Também, pudera regida por Júpiter que é a boba-torrero, e levada por Oxossi que é o deus da caça, aí só dá desgraceira braba! Vai que um geminiano pinte no meio, aí lasca tudo.
Seu arcanjo é Saquiel e sempre que tiver dificuldades em todos os sentidos clame por ele. Mas clame com força mesmo! Se esprema toda e grite pelo nome dele! Algo vai acontecer, aguarde. O seu orixá é Iansã que é senhora dos ventos. Você é de fogo, ela de vento, traz um sujeito fuleiro de mercúrio, embanana sua vida, olha você num cerca-Lourenço da peste! Busque Iemanjá nessa hora, ela vai manter em fogo brando toda essa tesão – tomara. Nada demais buscar forças com Orilaxá e Xangô, de repente, né, quem sabe, você poderá dominar esse fogo e vencer seus obstáculos. No tarôt, um imperador vai reinar sobre sua vida. No tarôt cigano: é um machado que vai rachá-la em bandas e reduzi-la a serva. Nas runas, Thorn, Isa, Berkana, Fenu e Eihwaz. Misturando tudo isso, dá uma doideira da porra, viu? Sua carta para 2016 é Imbolc, significa que você terá necessidade de se purificar das cargas negativas. E isso vai levar a você fazer uma purificação diferente: a sua salvação será uma esmeralda cilíndrica que deverá ser venerada sempre rija e sempre em riste na sua direção. Reze por essa esmeralda todo dia e toda noite pro resto da sua vida, faça um altar, um oratório e um shekinah para ela e se ajoelhe a todo momento frente a ela pedindo saúde, graças, vitórias, paz, amor e superação. Não se esqueça da Oração da Esmeralda, viu? Isso é importante.

AMOR – você minha amiga centaura paqueradora e caçadora, cuidado! Se ficar insaciável vai virar ninfomaníaca. Aí, meu, não tem quem segure essa priquita, viu? E para favorecer o seu ego sempre, faça tudo o que o seu mestre mandar, viu? Então, primeiro: toda vez que encontrar com o seu amado, tire logo a calcinha e entregue para ele dizendo: você é o meu senhor, tem a minha alma, meu corpo e todo o meu prazer! Aí faça a fantasia da serva e deixe-se inteiramente ser dominada. Ah, se aventure mais e use dos talismãs chineses: o negócio vai pegar fogo! Mas tenha cuidado, você tem uma porção volúvel e pode botar tudo por água abaixo. Saiba que nem todo mundo é trouxa, você pode se dar mal. Mande ver, mas uma sacada: nenhum homem presta, todos calçam 40. Mas o seu escolhido tem que ser, pelo menos para você, o melhor do universo. Agüente as pontas e fodas que te quero ver, linda! Para manter seu amor uma simpatia com caçoá de meio mundo de tranqueira, anote: 1 espada-de-são-jorge e faça com ela como se você estivesse com o pingulim do parceiro na hora-agá enquanto reza para Santa Bárbara, a sua santa protetora. No meio da presepada toda, pegue 3 gerânioos, 3 violetas, 2 cravos amarelos e um punhado de cipó pedra, e fique gritando o nome do sorteado enquanto reza para o arcanjo Saquiel e para Iansã. Use toda sua energia nisso e será feliz com o seu príncipe na maior paududescência do paraíso astral. Não dê moleza, viu?

Imagem: Júpiter et Junon, de Agostino Carracci.-TRABALHO - Você que não foge dos desafios, não estique demais na pacutia, senão quebra! Aí você vai ver que não é elástico nem de borracha: tudo se arrebenta um dia. Amadureça idéias, mantenha a sinceridade. Tenha confiança, nem só na bunda levam os lascados. Tem gente que leva no ouvido, nos buracos do nariz, na goela adentro, por aí. Use da intuição, assim você escapará das arapucas que os parceiros, concorrentes e adversários andam ardilosamente preparando para você. Um patuá para se proteger de olhos gordos, maldizentes e amaldiçoados: pegue 1 pedaço de pano camurça vermelho, faça um saquinho e ponha dentro raspas de gengibre, 2 pentelhos seus, pétalas de rosas, 2 cabelinhos do buraco do nariz, dois fiapinhos de uma das suas pestanas, 1 cílio de qualquer olho – de preferência uma prega do cu também, é bem melhor, viu? -, 1 catotinha nova e meleguenta, sacuda tudo embrulhado num papel almaço com o nome do seu preferido em letras garrafais dentro do saquinho e reze todos os salmos finalizando com: ninguém me derruba, ninguém me trai, só o meu amor vai me comer de frente pra trás, só o meu amor e ninguém mais!

SAÚDE – como você muitas vezes age sem refletir, nada de exagero. Nada de ansiedade, estresse, cansaço, confusão mental. Relaxe, sabe como? Pegue 1 olho-de-cabra, 1 topázio, 1 corda de cavaquinho, 1 liga de dinheiro, 1 infieira de palito de fósforo, 1 mão de sal, outra de açúcar, 3 dedos de raiz-de-pau, misture tudo e faça um cozinhado. Quando ficar fervido, coloque o chá num copo, ponha mais 2 dedos de vinho branco seco, dê uma remexida no copo e na cintura, faça porradinha e tome de uma vez. Pronto, nunca mais você cairá enferma ou em desgraça, fique certa. Outra coisa: nada de se abater quando ocorrerem contrariedades: isso faz mal pro seu fígado, além de ser um crime horroroso contra você mesma, um suicídio, sabia? Nunca se deixe abalar, reveja seus hábitos. Faça viagens e tenha aquelas aventuras tórridas que fará bem pra você.

VIDA - Impor limites não combina com você. Muito menos dar uma de orgulhosa e de luxenta: se libere, nem sempre a vida vai para onde a gente quer. Às vezes ela pega o bonde errado, viu? Não guarde rancor, raiva ou frustrações, coloque seus ideais e aspirações no foco e pátimbum malacateidei. Não confie demais na sorte. Por isso toda segunda-feira, ou às 8 da manhã ou da noite, pegue 1 vela azul, bata uma siririca e pegue o suco que virá do seu prazer e mele ela todinha. Nessa hora acenda 1incenso de cravo enquanto esfrega 1 quartzo branco pelo corpo rezando o salmo 73. Isso vai abrir seus caminhos. E quando o Brasil jogar, faça uma oração para Zé Pilintra para que ele ajude seu amor a voltar. Assim, o Brasil vai ganhar. Seu número da sorte é 12. Também 36, 48, 72,81,93. Quando ganhar alguma coisa, reparta comigo, viu? Faça um amuleto de papel com o nome dele dentro do saquinho de camurça vermelho e goze a vida! E esqueceu? A-rá! Tem mais duas coisinhas, né? Ta lembrada? Então: faça a simpatia da virada do ano e, depois, não deixe de votar em mim, viu? Se não fizer isso um gato preto vai cruzar sua vida e você vai se acabar naufragada na maldição dos sortilégios esconjurados! Assinado, Doro.

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