domingo, agosto 26, 2012

SUSANA SZWARC, CATHERINE MOORE, CARRASCOZA, RUSKIN & LITERÓTICA


UMA CANÇÃO PRO MEU AMOR - É quando a tarde é mansa que o meu desejo acende com a gula de querer além da conta toda a sua inexprimível sedução. É quando vou esfaimado mergulhar no seu riso de sol vasto porque nasci destinado a amá-la completa e indecentemente. É aí que me atiro mergulhando nos seus olhos de mar que me dão seu sexo fulgurante e desesperado que emerge do seu jeito nu e completamente minha clamando com o remexido de sua dança sensual onde sou suicida de suas montanhas mais que ambicionadas. É quando me jogo e subo por suas pernas onde semeio minhas lambidas que rebenta na minha obscenidade inescrupulosa de retê-la toda para mim até repousar no seu ventre fuviando ao alcance da minha assanhada posse demoradeira sem regresso. É quando me extasio na sua reluzente boca que me engole varada de astúcias e bebe do meu sobejo e brinda festiva até ficar lavada por meu sêmen para sufocá-la com a minha euforia. É quando você se faz meu abrigo porque descobri sua concha que levo comigo e me faz esfaimado hóspede que deprava seus desejos ignorando o futuro, penetrando a sua solidão e mantendo o seu trote delicioso e interminável. E se me fosse dado o poder de refazer tudo que já fiz, eu queria nunca ter que ir embora. Mesmo que fosse tarde, mesmo que fosse nunca, ou jamais. E se me fosse dado o poder de sonhar de novo tudo o que sonhei, jamais queria acordar, mesmo que a vida me dissesse para não valer. E se eu tivesse que vencer um dia o invencível, só queria vencer toda sua querência quando me dá o que é para mim de nunca acabar. Porque eu tenho a sua flor e não quero que ela seja cinza na minha mão. Porque eu tenho o seu beijo tatuado na minha alma e não quero jamais que a solidão me ensine que tudo um dia basta. Porque eu tenho a sua dor e sorri para que nascesse o sol sempre na nossa entrega. Eu recolhi a sua lágrima e a gente rio caudaloso que se esvaia em desejos e desencontros.  Eu vivi o seu sonho e fui com seu desespero onde tudo é o que não tem pra onde ir e ficamos juntos porque eu sempre tive a sua pele na minha alma como se nunca fosse possível arrancá-la, levando a vida que pude ter para viver. Porque na gente a dor não vai durar pra sempre pelo que foi ou jamais será só porque ontem soubemos nos alimentar do irrefreável prazer. Porque o azul nos salva dos abismos. E eu enlouqueci me refugiando no seu mangue irremediavelmente delirante a me fazer percorrer por seu sangue os sonhos de cão sem dono que tenho tudo na sua triunfante teia de amor impossível. Em nós nunca caberá o aceno do adeus porque estou perdido das lembranças a me enfincar incendiado no fogo eterno de seu ser que é meu e é todo de maravilhas. Aos saltos meu coração implode tudo e rebenta nos seus seios para que eu seja as labaredas acesas ressaltando seus dotes para sempre a me dar todos os versos e a me entregar todos os poemas. E me faz seu amo a recolher toda minha poesia saindo de sua carne e eu como bicho morto de sede e de fome miseravelmente apaixonado. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui, aqui, aquiaqui.

 


DITOS & DESDITOS - A aprendizagem – que nos alarga o entendimento, que nos torna seres compassivos, em comunhão com os demais –, muitas vezes só se dá por meio das perdas. Pensamento do escritor e professor João Anzanello Carrascoza, autor dos livros Amores mínimos (2011), Espinhos e alfinetes (2010), O volume do silêncio (2006), Dias raros (2004), Meu amigo João (2004), Duas tardes (2002), O vaso azul (1998), Hotel solidão (1994), entre outros. Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Reformemos as nossas escolas, e não teremos que reformar grande coisa nas nossas prisões. Pensamento do escritor, crítico de arte e crítico social britânico John Ruskin (1819-1900) que também expressou: Somente quando encontramos o amor, é que descobrimos o que nos faltava na vida. Veja mais aqui.

 

O BEIJO DO DEUS NEGRO – [...] As coisas que construíram o túnel não poderiam ter sido humanas. Ela não tinha o direito de esperar homens aqui. Ela ficou um pouco atordoada ao encontrar céu aberto tão longe no subsolo, embora fosse inteligente o suficiente para perceber que, por mais que viesse, ela não estava no subsolo agora. [...]. Tudo sobre ela, tão repentinamente quanto o despertar de um sonho, o nada se abriu em distâncias inimagináveis. [...]. Trechos extraídos da obra Black God's Kiss (Paizo Inc, 2007), da escritora estadunidense Catherine Lucille Moore (1911-1987), mais conhecida pelo pseudônimo C. L. Moore. Veja mais aqui.

 

POR QUE ELE ESTAVA SORRINDO? - Alguém joga um ovo / cru (também pode ser por água), / para a zona das montanhas, muito altas, / bem no lugar da neve eterna. / Esse gesto é trivial, tão cruel (quase) / como o gesto do assassino que atira / corpos para o oceano / mas que, por alguma razão do acaso, é visto / nos olhos da vítima, que lhe sorri. / Ah, todos os dias, todas as noites, / a mesma pergunta inconcebível: / por que ele estava sorrindo? / ou ainda: por que ele estava sorrindo para mim? / E toda vez / o carrasco fecha os olhos, aperta os ouvidos / como aquelas crianças atormentadas por gritos / de uma mãe ainda inexplorada, e morde / os lábios. / -Você não precisa aceitar a pergunta- ele pensa. / Ele não diz a ninguém o que pensa. / Enquanto a frase não sai da boca dele / ninguém (ninguém) vai contar a história. / Agora (às vezes é sempre), / a dignidade da montanha / desliza junto com a gema. / Há pontos de luz. / A noite é preto e branco: / como não saber se é dia / ou a montanha foi quebrada. / Nenhum jar para salvar um golpe / de neve, nem colo. / Se algum terno, tesouro, / deformado (eu, você?) / Eu olharia lá, eu diria, / entre lágrimas, é claro, / - como fica assim? casca, gema, / montanha. / A queda de que carta, ou paisagem / sem hesitação / Ah, mas o tempo não para. Soprar. Poema extraído da obra Bailen las estepes (Ediciones de la Flor, 1999), da escritora argentina Susana Szwarc.

 

PROGRAMA DOMINGO ROMÂNTICO – O programa Domingo Romântico que vai ao ar todos os domingos, a partir das 10hs (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação deste domingo aqui. Na edição deste 26/08 do programa Domingo Romântico, uma produção da radialista e poeta Meimei Correa e apresentado por Luiz Alberto Machado, está com uma programação pra lá de especial, confira as atrações: Claude Debussy, Guilhaume Apollinaire¸ Leonard Bernstein, Karlhein Stockhausen, Walmor Chagas & Marcelino Freire, Duofel, Antonio Meneses & Bach, Raul Cortez & Raduan Nassar, Ary Toledo & Carlos Lyra & Vinicius de Morais, Dori Caymmi, Orquestra Contemporânea de Olinda, Jean-Michel Jarre, Nonato Buzar, Milton Nascimento, Victor Assis Brasil, Jorge Luis Borges & Antonio Abujamra, Paulo Coelho, Sérgio Ricardo & Glauber Rocha, Velhas Virgens & Nelson Rodrigues, Paulo Leminski, Sonia Mello, Paulinho Moska, Delia Fisher, Geraldo Vandré, Claudia Telles & Sylvia Telles, Lupicinio Rodrigues, Keith Moon, Maysa, Fernanda Takay, Paula Toller, Anibal Beça & Caio Blat, Sandra de Sá, Vicente Celestino & João Leopoldo & Marcia Mah, Tibério Gaspar, Tavito, Vicente Viola, Mirianês Zabot, Angela Carlos, Carla Erhardt & Chico Buarque & Ruy Guerra, Ibys Maceyoh, Paula Fernandes, Jorge Vercilo, Soko, Chico Elpidio & Pablo de Carvalho, Christiano Torreão, Auri Viola, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão & muito mais! Veja mais aqui

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