segunda-feira, julho 14, 2014

LEÏLA SLIMANI, YANA YAZOVA, HUGH LACEY, RUTH RENDELL & WANDA GÁG

 


UMA VEZ & QUANDO MAIS, YANA... – Ah, Lyuba, poderia eu ser o último dos pagãos que ouvira seu nome ecoar entre amanheceres nos meus versos anoitecidos, enquanto os seus de Dams singravam minhas vísceras incendiando o meu sangue. Quem a Ana Dulgerova na pena transcrita de Lyuba Todorova, quem o capitão que trilhou a trilogia balcãs de sua prodigiosa invenção. Sou mais que erradio seguindo seus passou. Rejeitada por todos, obrigada a desaparecer. Sumiu no mundo e era Lyuba Gancheva para as crianças da Blok em festa na reclusão rebelde diante da pressão comunista. Quem Levsky ameaçava-lhe a morte para sumirem todos os manuscritos sem deixar o menor vestígio: A obra constrói o seu criador. A treva de um destino dramático, não se sabe direito a razão, assassinada irrespondivelmente, heroína das sombras - vi-lhe Salt Gulf e era só Yana Yzova... Veja mais abaixo e mais aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Nossos filhos, quando pequenos, são parte de nós mesmos. Quando crescem, são apenas outras pessoas... Mal era uma palavra estúpida. Tinha o mesmo tipo de sentido, em grande parte sem sentido, amorfo, difuso, confuso, aplicado ao “amor”. Todos tinham uma vaga ideia do que significava, mas ninguém poderia defini-lo com precisão. Parecia, de certa forma, implicar algo sobrenatural... Existe visão mais triste do que uma biblioteca incendiada?... Pensamento da escritora britânica Ruth Rendell (Ruth Barbara Grasemann – 1930-2015), escrevia com o pseudônimo Barbara Vine. Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Não suporto pensar em seguir os passos dos outros. E é isso que estão nos ensinando a fazer aqui na Ilustração... Muitas vezes penso: "e se meus leitores e várias pessoas que aparentemente têm uma opinião elevada sobre mim, e se soubessem que posso sentir amor por mais de um homem ao mesmo tempo, que durante anos houve três homens no meu amor- horizonte, que eu me entregue a ritos de amor bizarros e esotéricos com meus amantes! Será que eles, sabendo disso, me considerariam menos bom?... Pensamento da desenhista, escritora e artista estadunidense Wanda Gág (1893-1946). Veja mais aqui e aqui.

 

ENTENDER O MUNDO – [...]. entendemos o mundo em relação a um pano de fundo fornecido pelos paradigmas, que são essencialmente históricos e definem as estratégias de restrição e seleção da pesquisa, até mesmo o léxico das categorias que podem ser empregadas nas representações teóricas e nas descrições empíricas [...]. Trecho extraído da obra Valores e atividade científica (Scientiae Studia, 2008), do filósofo australiano Hugh Lacey. Veja mais aqui.

 

NO JARDIM DO OGRO - [...] Pessoas que nunca estão satisfeitas destroem tudo ao seu redor. [...] Se ela tivesse dito sim em voz alta, se tivesse concordado em participar voluntariamente da cena de amor, a excitação teria diminuído. Porque o que excitou a alma foi justamente ser traída pelo corpo que agiu contra a sua vontade, e testemunhar essa traição [...] Cada estação, cada aniversário, cada acontecimento na vida de alguém corresponde a um amante com o rosto borrado. em sua amnésia flutua a sensação reconfortante de ter existido mil vezes através do desejo dos outros. [...] Ela sempre gostou de estar com fome. Sentindo-se dobrar, mas não quebrar, ouvindo seu estômago gemer vazio e então conquistando sua necessidade, provando-se acima de tudo isso. A magreza tornou-se um modo de vida. [...] O amor é apenas paciência. Uma paciência piedosa, fanática e tirânica. Uma paciência excessivamente otimista. Ainda não terminamos. [...]. Trechos da obra Dans le jardin de l'ogre (Gallimard, 2014), da escritora e jornalista marroquina Leïla Slimani.

 

UM POEMA – Cores - minhas músicas, role \ minhas pedras afiadas. \ Meu povo é pequeno, está \ no campo, ele não consegue ouvir! \ E eu tenho peste neles, \ vampiros, lhamas… \ Mas minhas canções não podem, não querem \ morrer tão em vão!… Poema da escritora búlgara Yana Yazova (1912-1974), que também se assinava sob o pseudônimo de Liuba Todorova Gancheva e Liuba Gantcheva, autora dos livros Yazove (1931), Revolt (1934), Crosses (1935), Ana Dyulgerova (1936), The Captain (1940), Balkans (1987-1989), Alexander of Macedon (2002) e Salt Gulf (2003). Dela as frases recolhidas: O perdedor da batalha nem sempre é derrotado. Um homem que não conhece a história não tem olhos. Ele nunca pode lucrar com os bons exemplos e perde o trabalho em mil erros que foram cometidos antes dele. Os escravos só podem esperar algo bom se se tornarem soldados! Estar com frio e passar fome ao perseguir um objetivo, sim!... Não apenas ficar sentado em um moinho de vento e passar fome. Isso é miséria!... Ele pode congelar e morrer de fome o quanto quiser por apenas um ideal! Todo objetivo é alcançado por meio de atividades comuns e cotidianas. De vocês, cientistas, os simples devem entender o que é humanidade, honestidade, perseverança, amor ao próximo e finalmente aprender o que é pátria, liberdade! Se nossa vida servil for uma floresta impenetrável, nela nos tornaremos lobos! Se a natureza nos dá o direito natural de nos defendermos quando somos atacados, havia alguma lei aqui em seu país que desse esse direito a um escravo? A queda não é assustadora, mas é assustador aceitar a queda e justificá-la. Ninguém diga: é destino humano pisar na lama! Um homem inquieto não deve ter uma boa casa, mas uma cabana que dê pouca alegria aos seus inimigos.

 

DISCURSO DO MÉTODO, DE RENÉ DESCARTES - [...] Aqui está por que, apenas a idade me possibilitou sair da submissão aos meus preceptores, abandonei totalmente o estudo das letras. E, decidindo-me a não mais procurar outra ciência além daquela que poderia encontrar em mim mesmo, ou então no grande livro do mundo, aproveitei o resto de minha juventude para viajar, para ver cortes e exércitos, para frequentar pessoas de diferentes humores e condições, para fazer variadas experiências, para pôr a mim mesmo à prova nos reencontros que o destino me propunha e, por toda parte, para refletir a respeito das coisas que se me apresentavam, a fim de que eu pudesse tirar algum proveito delas. Pois acreditava poder encontrar muito mais verdade nos raciocínios que cada um forma no que se refere aos negócios que lhe interessam, e cujo desfecho, se julgou mal, deve penalizá-lo logo em seguida, do que naqueles que um homem de letras forma em seu gabinete a respeito de especulações que não produzem efeito algum e que não lhe acarretam outra consequência salvo, talvez, a de lhe proporcionarem tanto mais vaidade quanto mais afastadas do senso comum, por causa do outro tanto de espírito e artimanha que necessitou empregar no esforço de torná-las prováveis. E eu sempre tive um enorme desejo de aprender a diferenciar o verdadeiro do falso, para ver claramente minhas ações e caminhar com segurança nesta vida. A verdade é que, ao limitar-me a observar os costumes dos outros homens, pouco encontrava que me satisfizesse, pois percebia neles quase tanta diversidade como a que notara anteriormente entre as opiniões dos filósofos. De forma que o maior proveito que daí tirei foi que, vendo uma quantidade de coisas que, apesar de nos parecerem muito extravagantes e ridículas, são comumente recebidas e aprovadas por outros grandes povos, aprendi a não acreditar com demasiada convicção em nada do que me havia sido inculcado só pelo exemplo e pelo hábito;e, dessa maneira, pouco a pouco, livrei-me de muitos enganos que ofuscam a nossa razão e nos tornar menos capazes de ouvir a razão. Porém, após dedicar-me por alguns anos em estudar assim no livro do mundo, e em procurar adquirir alguma experiência, tomei um dia a decisão de estudar também a mim próprio e de empregar todas as forças de meu espírito na escolha dos caminhos que iria seguir. Isso, a meu ver, trouxe-me muito melhor resultado do que se nunca tivesse me distanciado de meu país e de meus livros. [...] O primeiro era o de nunca aceitar algo como verdadeiro que eu nãoconhecesse claramente como tal; ou seja, de evitar cuidadosamente a pressa e a prevenção, e de nada fazer constar de meus juízos que não se apresentasse tão clara e distintamente a meu espírito que eu não tivesse motivo algum de duvidar dele. O segundo, o de repartir cada uma das dificuldades que eu analisasse em tantas parcelas quantas fossem possíveis e necessárias a fim de melhor solucioná-las. O terceiro, o de conduzir por ordem meus pensamentos, iniciando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para elevar-me, pouco a pouco, como galgando degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e presumindo até mesmo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros. E o último, o de efetuar em toda parte relações metódicas tão completas e revisões tão gerais nas quais eu tivesse a certeza de nada omitir. Essas longas séries de razões, todas simples e fáceis, que os geômetras costumam utilizar para chegar às suas mais difíceis demonstrações, tinham-me dado a oportunidade de imaginar que todas as coisas com a possibilidade de serem conhecidas pelos homens seguem-se umas às outras do mesmo modo e que, uma vez que nos abstenhamos apenas de aceitar por verdadeira qualquer uma que não o seja, e que observemos sempre a ordem necessária para deduzi-las umas das outras, não pode existir nenhuma delas tão afastada a que não se chegue no final, nem tão escondida que não se descubra. E não me foi muito dificultoso procurar por quais deveria começar, pois já sabia que haveria de ser pelas mais simples e pelas mais fáceis de conhecer; e, considerando que, entre todos os que anteriormente procuraram a verdade nas ciências, apenas os matemáticos puderam encontrar algumas demonstrações, ou seja, algumas razões certas e evidentes, não duvidei de modo algum que não fosse pelas mesmas que eles analisaram; apesar de não esperar disso nenhuma outra utilidade, salvo a de que habituariam meu espírito a se alimentar de verdades e a não se satisfazer com falsas razões. Mas não foi minha intenção, para tanto, tentar aprender todas essas ciências particulares que habitualmente se chamam matemáticas; e, vendo que, apesar de seus objetos serem distintos, não deixam de concordar todas, pelo fato de não conferirem nesses objetos senão as diversas ações ou proporções que neles se encontram, julguei que convinha mais analisar apenas estas proporções em geral, e presumindo-as somente nos suportes que servissem para me tornar seu conhecimento mais fácil; mesmo assim, sem restringi-las de modo algum a tais suportes, a fim de poder aplicá-las tão melhor, em seguida, a todos os outros objetos a que conviessem. Depois, havendo percebido que, a fim de conhecê-las, ser-me-ia algumas vezes necessário considerá-las cada qual em particular, e outras vezes apenas de reter, ou de compreender, várias em conjunto, julguei que, para melhor considerá-las em particular, deveria presumi-las em linhas, visto que não encontraria nada mais simples, nem que pudesse representar mais diferentemente à minha imaginação e aos meus sentidos; mas que, para reter, ou compreender, várias em conjunto, era necessário que eu as designasse por alguns signos, os mais breves possíveis, e que, por esse meio, tomaria de empréstimo o melhor da análise geométrica e da álgebra, e corrigiria todos os defeitos de uma pela outra. [...] A primeira era obedecer às leis e aos costumes de meu país [...] Minha segunda máxima consistia em ser o mais firme e decidido possível em minhas ações, e em não seguir menos constantemente do que se fossem muito seguras as opiniões mais duvidosas, sempre que eu me tivesse decidido a tanto. [...] Minha terceira máxima era a de procurar sempre antes vencer a mim próprio do que ao destino, e de antes modificar os meus desejos do que a ordem do mundo; e, em geral, a de habituar-me a acreditar que nada existe que esteja completamente em nosso poder, salvo os nossos pensamentos, de maneira que, após termos feito o melhor possível no que se refere às coisas que nos são exteriores, tudo em que deixamos de nos sair bem é, em relação a nós, absolutamente impossível. [...] Mas confesso que é preciso um longo adestramento e uma meditação frequentemente repetida para nos habituarmos a olhar todas as coisas por este ângulo; e acredito que é principalmente nisso que consistia o segredo desses filósofos, que puderam em outros tempos esquivar-se do império do destino e, apesar das dores e da pobreza, pleitear felicidade aos seus deuses. [...] Por fim, para a conclusão dessa moral, decidi passar em revista as diferentes ocupações que os homens exercem nesta vida, para procurar escolher a melhor; e, sem pretender dizer nada a respeito das dos outros, achei que o melhor a fazer seria continuar naquela mesma em que me encontrava, ou seja, utilizar toda a minha existência em cultivar minha razão, e progredir o máximo que pudesse no conhecimento da verdade, de acordo com o método que me determinara. [...] Além do que, as três máximas precedentes se baseavam apenas no meu intento de continuar a me instruir: pois, tendo Deus concedido a cada um de nós alguma luz para diferenciar o verdadeiro do falso, não julgaria dever satisfazer-me um único instante com as opiniões dos outros, se não tencionasse utilizar o meu próprio juízo em analisá-las, quando fosse tempo; e não saberia dispensar-me de escrúpulos, ao segui-las, senão esperasse não perder com isso oportunidade alguma de encontrar outras melhores, caso existissem. [...] logo em seguida, percebi que, ao mesmo tempo que eu queria pensar que tudo era falso, fazia-se necessário que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, ao notar que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão sólida e tão correta que as mais extravagantes suposições dos céticos não seriam capazes de lhe causar abalo, julguei que podia considerá-la, sem escrúpulo algum, o primeiro princípio da filosofia que eu procurava. [...] tal qual os pintores que, não conseguindo representar igualmente bem numa tela plana todas as diversas faces de um corpo sólido, escolhem uma das principais, que põem à luz, e, sombreando as outras, só as fazem aparecer tanto quanto se possa vê-las ao olhar aquela; receando dessa forma, não colocar em meu discurso tudo o que havia em meu pensamento, tentei apenas expor bem amplamente o que concebia da luz; depois, na ocasião propícia, acrescentar alguma coisa a respeito do sol e das estrelas fixas, porque a luz provém quase inteiramente deles; a respeito dos céus, porque a transmitem; a respeito dos planetas, dos cometas e da Terra, porque a refletem; e, em particular, a respeito de todos os corpos que existem sobre a Terra, porque são ou coloridos, ou transparentes, ou brilhantes; e, por fim, a respeito do homem, porque é o seu espectador. [...] Em princípio, procurei encontrar os princípios, ou causas primeiras, de tudo quanto existe, ou pode existir, no mundo, sem nada considerar, para tal efeito, senão Deus, que o criou, nem tirá-las de outra parte, salvo de certas sementes de verdades que existem naturalmente em nossas almas. Em seguida, examinei quais são os primeiros e os mais comuns efeitos que se podem deduzir dessas causas: e parece-me que, por aí, encontrei céus, astros, uma Terra, e também acerca da terra, água, ar, fogo, minerais e algumas outras dessas coisas que são as mais triviais de todas e as mais simples, e, consequentemente, as mais fáceis de conhecer. Depois, quando quis descer às que eram mais específicas, apresentaram-se-me tão variadas que não acreditei que fosse possível ao espírito humano distinguir as formas ou espécies de corpos que existem sobre a Terra, de uma infinidade de outras que poderiam nela existir, se fosse a vontade de Deus aí colocá-las, nem, por conseguinte, torná-las de nosso uso, a não ser que se busquem as causas a partir dos efeitos e que se recorra a muitas experiências específicas. Como consequência disso, repassando meu espírito sobre todos os objetos que alguma vez se ofereceram aos meus sentidos, atrevo-me a dizer que não observei nenhum que eu não pudesse explicar muito comodamente por meio dos princípios que encontrara. Mas é necessário que eu confesse também que o poder da natureza é tão amplo e tão vasto e que esses princípios são tão simples e tão gerais que quase não percebi um único efeito específico que eu já não soubesse ser possível deduzi-lo daí de várias formas diferentes, e que a minha maior dificuldade é comumente descobrir de qual dessas formas o referido efeito depende. Pois, para tanto, não conheço outro meio, a não ser o de procurar novamente algumas experiências tais que seu resultado não seja o mesmo, se explicado de uma dessas maneiras e não de outra. Afinal de contas, encontro-me agora num ponto em que me parece ver muito bem qual o meio a que se deve recorrer para realizar a maioria das que podem servir para esse efeito; mas vejo também que são tais e em tão grande número que nem as minhas mãos, nem a minha renda, ainda que eu possuísse mil vezes mais do que possuo, bastariam para todas; de maneira que, à medida que de agora em diante tiver a comodidade de realizá-las em maior ou menor número, avançarei mais ou menos no conhecimento da natureza. Fato que prometia a mim mesmo tornar conhecido, pelo tratado que escrevera, e mostrar tão claramente a utilidade que daí podia resultar para o público, que obrigaria a todos aqueles que desejam o bem dos homens, ou seja, todos aqueles que são em verdade virtuosos, e não apenas por hipocrisia, nem apenas por princípio, tanto a comunicar-me as que já tivessem realizado como a me ajudar na pesquisa das que ainda há por fazer. DISCURSO DO MÉTODO – O filósofo e matemático francês René Descartes (1596-1650), em sua obra Discurso do método para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências, estabeleceu um método como ponto de partida para a universalidade da razão, da qual todos os homens participam, identificando no intelecto, em sua pureza, duas faculdades essenciais: a intuição, pela qual pode-se ter imediatamente presentes no espírito ideias claras, perfeitamente determinadas e distintas, simples e irredutíveis; e a dedução, pela qual pode-se descobrir conjuntos de verdades ordenadas racionalmente. O método constitui-se de quatro regras de utilização da intuição e da dedução, para se possa estender a certeza matemática ao conjunto do saber. Pela regra da evidência, deve-se evitar todas as prevenções, ou seja, conjunto de preconceitos, e precipitação, para acolher apenas ideais claras e distintas. Pela regra da análise, deve-se dividir as verdades mais simples, independentes e absolutas, das verdades mais complexas, condicionadas e relativas. Essa regra pressupõe a ordenação das partes segundo o critério da relação constante entre elas, de modo que possam ser comparadas com base na mesma unidade de meda. Pela regra da enumeração, deve-se selecionar exclusivamente o que for necessário e suficiente para a solução de um problema, evitando as omissões. Veja mais aqui.

REFERÊNCIA
DESCARTES, René. Discurso do método: para o bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Abril Cultural, 1979.



 Imagem: Nu reclinado deitada de bruços e enfrenta certo (1910), do pintor simbolista austríaco Gustav Klimt (1862-1918)

Ouvindo Jade, de João Bosco.

Aqui meu irmão ela é coisa rara de ver
É jóia do Xá retina de um mar
De olhar verde já derramante
Abriu-se Sézamo em mim
Ah! meu irmão aqualouca tara que tem ímã
Mergulha no ar me arrasta me atrai
Pro fundo do oceano que dá
Prá lá de Bagdá prá cá de além
Pedra que lasca seu brilho
E que queima no lábio um quilate de mel
E que deixa na boca melante
Um gosto de língua no céu
Luz talismã misterioso cubanacã
Delícia sensual de maçã
Saborosa manhã
Vou te eleger vou me despejar de prazer
Essa noite o que mais quero é ser
1001 pra você....
Jade...Jade...Jade...


DENISE STOKLOS – A dramaturga, encenadora e atriz Denise Stoklos iniciou sua carreira em 1968, especializando-se em mímica na Inglaterra no final dos anos 1970 e para os Estados Unidos, nos anos 1980. É autora dos livros Amanhã será tarde e depois de amanhã não existe (1993), Teatro Essencial (1993), Tipos (poesia, 1993), Calendário da Pedra (2001), entre outros, e do método Teatro Essencial, bem como de diversas peças teatrais. Já foi premiada pela Fundação Guggenheim (USA), tendo se apresentado em Moscou, Pequim e Ucrânia. No teatro ela apresentou Mary Stuart, em Nova York, entre tantas de suas peças teatrais. Na televisão ela participou da novela Ninho da Serpente (Band, 1982), além de contar na sua filmografia Antonio Conselheiro e a Guerra dos Pelados (1977) e Maria Bethânia – Brasileirinho ao vivo (2004). A sua arte já foi tema de estudos acadêmicos no Brasil e no exterior. Certa vez ela falou: “A luta hoje não é com o inimigo, diretamente [...] Estamos agora na micropolítica. Introjetamos o inimigo. Quanto mais agirmos no plano pessoal, individual, mais teremos condição de libertar o outro. Como ensinam Deleuze e Guattari, é preciso desmontar indíviduo por indíviduo. [...] para Nietzsche, é preciso submeter o que nos reprime a uma transformação, para torná-lo uma força positiva. A matéria negativa tem de ser um empurrão para a afirmação. e ele nos remete para o devir, o acontecimento”.  Veja mais aqui.


INGMAR BERGMAN – Sou um eterno apaixonado pela obra do cineasta e dramaturgo sueco Ingmar Bergman (1918-2007). Muitos dos seus filmes, desde o primeiro que vi que foi O Ovo da Serpente (Ormens Ägg, 1976), depois Persona (1966), Sonata de Outono (Höstsonaten, 1978), o premiado Morangos Silvestres (Smultronstället, de 1957), entre outros, um dos que mais me chamou mais atenção foi Da Vida das Marionetes (Ur Marionetternas Liv, de 1980), uma história quebra-cabeça que se passa com um casal envolvidos com suas amantes, ele que estrangula a prostituta e dorme com o ursinho, ela que tem o psiquiatra dele por amante: um filme de rostos. Outro apaixonante filme dele é Monika e o desejo (Sommaren med Monika, de 1953) que traz a nudez feminina de Harriet Andersson e os quatro protagonistas: Monika, Harry, Bergman e o espectador, quando o cinema jamais seria o mesmo depois desse filme. Nada melhor que assistir a filmografia completa do Bergman.


SANDRA REGINA ALVES MOURA – Conheci a arte da poeta e compositora Sandra Regina no Caiuby: amiga sempre presente e que nos dá o prazer de contar sempre com sua poesia e sua amizade. No blog dela tem belos poemas e textos, destacamos Som e Cor que foi musicado pela Suzete Dutra: “Imagino à noite / Cintilando no meu quarto / Vejo o céu azulado / Todo estrelado / A luz prata da lua / Que reflete e destaca / Deslumbra o meu olhar / No escuro do quarto / Entretons / O azul é a cor / A cor do meu amor / Sobressaindo aos sons / Ativo e intenso / Provocando o desejo / É vida sem direção / Permutação dos sentidos / É sinestesia! / Ouço e vejo... /  O som é cor / Soa lindo como / O azul da melodia / Eu sinto... / É coisa de pele / Que arrepia / É metáfora do sentimento / Que energiza / Trazendo a calma intuitiva / Que reacende e define / Que o som é cor / E rege o meu amor”. Parabéns, poetamiga, feliz aniversário!


BERNADETHE RIBEIRO – Tenho acompanhado o trabalho artístico da cantora, poeta, compositora e violonista Bernadethe Ribeiro há bastante tempo e, cada vez mais, passo a admirá-la por ser quem é. Hoje destacamos o seu poema Planeta Menino: “Abraça minha alma. Não tenha medo! / Existe luz em seu caminho! / Vamos ter fé! Ainda há tempo. / A humanidade lhe dará carinho. / Eu sei... O chão é de Cristal... / Mas o teto é Deus! ...É o infinito / Você sabe. O bem sobreporá ao mal / E o nosso sonho será bendito! / Sinto um raio de luz pular do meu peito. / Isto é amor, menino bonito! / Mas a dor dói aguda. Dói de um jeito!... / Será que o homem está perdido? / O tempo urge. Veja o grito! / O planeta derrete... e chora sentido”. Veja outra homenagem que fizemos pra ela aqui.


DANNY CALIXTO – Outra artista que adoro ouvir cantar é a cantora, atriz, compositora e violonista gaúcha Danny Calixto, desde o seu cd Abracadabra e o que vem por aí A linha do tempo prometendo muita coisa boa. Curtindo a sua belíssima canção Do avesso que estará entre as atrações do programa Tataritaritatá desta terça, 15 de julho. Daqui nossos parabéns, feliz aniversário Danny. Veja uma simples homenagem que fizemos pra ela aqui.


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