domingo, setembro 14, 2014

NAJA MARIE AIDT, JENNIFER LYNCH, NELLY SACHS & KOONING

 


QUANDO A GENTE VAI À LUTA NÃO ADIANTA TRASTEJAR: OU VAI OU RACHA! - O que não é ou foi ou está pra ser, inevitável a dura realidade: uma coisa ou outras, afora tantas e quantas. É melhor saber que além do 8 ou 80 maniqueístas, tem também o plano cartesiano com positivos e negativos pra baixo e pra esquerda, e uma infinidade de possibilidades quânticas na relatividade das coisas, formas, tempos e espaços. Não endoide tentando decifrar: é paradoxo atrás de outro e em cadeia infinita. Certo? Errado. Pra se prevenir pegue logo o fio de Ariadne pra carreira, ao descobrir que está no cúmulo dos labirintos enfrentando o Minotauro que é você mesma. Não esquente. Nem vá naquela de imaginação de menos, desespero de mais. Se peitar a desgraça não abra da guarda: bote pra torar tudo. E depois tenha o regozijo de se deleitar com o prurido coçando as perebas futuras. Não use da desculpa de que tudo está fodida e meia, afinal virgindade tem cura e sexo é a prova de que nem tudo tem limite. Se todos roubam não precisa seguir o exemplo, nem precisa enlouquecer pela desonra dos escrúpulos, nada é pior que passar na cara aquele: Eu num disse! Nada é tão importante que possa ser levada tão a sério: é só perder a vergonha e se esconder naquela de que apenas cumpriu o seu dever – é um ato para lá de honesto e nem se importe com aqueles boatos de que você andou chupando a rola e babando os ovos do chefe. Nem ligue, o que vale mesmo é respeitar os mortos e descascar os vivos. E mais: alguém já disse por aí que se trabalho fosse bom o rico tomava para ele mesmo. Ao contrário de Voltaire: não vai tirar você nunca da pobreza, vai fazê-la fumar mais ainda por conta da rotina insípida e entediante. Se a coisa estiver insossa pra sua banda adoce com uma loucura qualquer que der na telha e manje como é amargo não ter com quem brigar. Todo remédio, antes de tudo, é puro veneno. Destile e tome uns goles, fará bem pra saúde: sanidade mental é coisa do outro mundo e você não é alienígena pra se arrumar numa normose, né? Qual foi o santo de casa que obrou milagre? Você, com certeza, não será a primeira canonizada. A vida é isso mesmo: é sair fazendo merda a torto e a direito, sem ter que contabilizar os danos: os outros farão isso por nós mesmos e tudo será a mesma bosta de sempre. Viva! E se puder viva muito: quando virar a casa dos 100 verá que já passou pelo pior – dias melhores virão e se foi a última a apagar a luz é porque acertou na mosca ou no interruptor ou na lâmpada, das três, uma, tá? Se você se acha maravilhosa não fite o espelho, pode ser que não veja Narciso e que não deu certo mesmo, até ficar fora de moda. Saiba: toda unanimidade quando não é burra, com certeza é falsa. Além do mais você pode ter sido um erro. Já pensou? Por isso nunca queira ver a luz no fim do túnel: tudo de errado que a gente faz é feito um bumerangue e volta pra gente com força redobrada. O pior é que a gente nunca se lembra o que fez, né? Você pode ter sido a invenção que não era pra ter, mas teve futuro, entende a sutileza? Bote sua mola, dê seus pulos, bala perdida só quer alvo móvel. Andar perdido em ziguezague é melhor que encarar a linha do trem, nunca se sabe. Não resista a qualquer tentação, pode ser a última vez ou tarde demais. Se na horagá ficar sem graça, pense que está gozando férias na Suécia e pronto! Não jogue lixo fora, recicle e poderá virar um programa da tevê ou do rádio – ninguém vai assistir mesmo e nem se preocupe se isso envenenar um pouco os outros, eles merecem – tenha certeza disso! Gafe foi feita mesmo pra soltar inadvertidamente! É feito peido: fede, mas passa. E ninguém esquecerá: você entrou na hestória. Se tiver coragem diga na cara, resolva logo. Caso se acovarde e fale pelas costas descobrirá que tem mais uns 15 ou 20 inimigos tocando fogo na sua alma. Nem se aflija se seu sal estiver pisando. Não se choque nem se deprima se os espelhos de hoje não forem como os de antigamente; como já foi dito por alguém: é que agora eles têm o triste defeito de não pensar duas antes de refletir. Vai ver que você nem se reconheça com o que esteja vendo: não é mais a mesma porque deixou de sê-la faz tempo. Quem se importa? Além do mais vão querer subestimar sua superestimação, sabia? Se você pensa que é a rainha tamposa da primeira esquina, verão logo que não entende do riscado: antes de você alguém esteve ali e se fodeu faz tempo. Dirão que não dará certo e que é de brincadeira: a humanidade tanto fracassou que a Terra é redonda e que tem gente que sai cagando pelos 4 cantos do mundo. Então: não grite, o mau hálito empesta tudo. Não precisa contar nada pros seus pais, não corte os pulsos! Birutou? Está louca! Sorria... Mais vale um riso na cara que dois choros encarreirados. Educado é aquele que engole todo tipo de sapo cururu no trampo de todo santo dia e não tem uma náusea mínima sequer que seja pra se queixar no descanso do guerreiro. Bote fé e vamos aprumar a conversa!!! Veja mais aqui e aqui.

 

DITOS & DESDITOS - Todo artista retorna às coisas. Os desenhos que você faz quando criança ou adolescente e as ideias que você tem quando é um jovem artista iniciante, sem dúvida surgem continuamente. As mulheres também podem ser criativas em total isolamento. Conheço excelentes artistas mulheres que fazem trabalhos originais sem nenhuma resposta digna de menção. Talvez eles estejam acostumados com a falta de feedback. Talvez eles sejam mais difíceis. Por um lado, quero um gesto – qualquer tipo de gesto, todo tipo de gesto – gentil ou brutal, alegre ou trágico; o gesto do espaço subindo, afundando, fluindo, girando; os gestos da luz fluindo ou jorrando através da cor. Vejo tudo como possuidor ou possuído por gesto. Muitas vezes pensei nas minhas pinturas como tendo um eixo em torno do qual tudo gira. Uma pintura para mim é principalmente um verbo, não um substantivo, primeiro um evento e só secundariamente uma imagem. Pensamento da pintora estadunidense Elaine de Kooning (1918-1989).

 

ALGUEM FALOU: Em vez de uma pátria guardo as metamorfoses do mundo. Nós, mães, levamos ao coração do mundo a melodia da paz. Respirávamos o ar da liberdade sem conhecer a língua nem ninguém. Mas o silêncio é onde moram as vítimas. Pensamento da escritora alemã Nelly Sachs (1891-1970). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 

HETEROTOPIA – Na obra Ditos & Escritos III de Outros espaços (Forense Universitária, 2009), encontra-se que para o filósofo, historiador, filólogo, teórico social e crítico literário francês Michel Foucault (1926-1984), heterotopia significa um espaço onde se vive no interior de um conjunto de relações, ou seja: [...] como uma rede que religa pontos e que entrecruza sua trama [...]. Esclarece o autor que a heterotopia tece sobre [...] o espaço no qual vivemos, pelo qual somos atraídos para fora de nós mesmos, no qual decorre precisamente a erosão de nossa vida, de nosso tempo, de nossa história, esse espaço que nos corrói e nos sulca é também em si mesmo um espaço heterogêneo [...]. Noutra obra do mesmo autor, O corpo utópico, as heterotopias (n-1 Edições, 2013), encontra-se que: [...] vive-se, morre-se, ama-se em um espaço quadriculado, recortado, matizado, com zonas claras e sombras, diferenças de níveis, degraus, escadas, vãos, relevos, regiões duras e outras quebradiças, penetráveis, porosas [...]. Observa-se, portanto, tratar-se de um conceito da geografia humana para descrever lugares e espaços que funcionam em condições não hegemônicas. Neste sentido, o autor usa o termo para descrever espaços que têm múltiplas camadas de significação ou de relações a outros lugares e cuja complexidade não pode ser vista imediatamente. Assim, para Foucault, a heterotopia por excelência é o navio: [...] A maior reserva de imaginação do Séc. XVI, nas civilizações sem barcos, a espionagem substitui a aventura e a polícia substitui os piratas [...]. Define assim que estes espaços são alteridades, que não estão definidos em determinados lugares, mas que são simultaneamente físicos e mentais, tais como o espaço de uma chamada telefônica ou o momento em que alguém se vê ao espelho. A heterotopia possui seus princípios, quais sejam: todas as culturas formaram heterotopias por toda a história da humanidade; heterotopias variam em funcionalidade com o passar do tempo e de acordo com a cultura; heterotopias podem unir múltiplos espaços incompatíveis entre si; heterotopias podem conectar diferentes períodos de tempo; heterotopias são locais separados da sociedade e com regras limitando a entrada e saída; e, por fim, heterotopias têm uma função relacionada ao espaço ao redor. Existe uma tipologia específica para as heterotopias, a exemplo da Heterotopia de crise (refere-se a lugares privilegiados, sagrados ou proibidos, reservados para indivíduos que estão em estado de crise em relação à sociedade em que vivem, destinados a expressão de comportamentos socialmente indesejado longe dos olhos da sociedade. P. ex., motéis, quando usados por amantes, gays e para solteiros em sociedades em que o sexo deve ser apenas entre um marido e sua esposa), Heterotopias de desvio (que são instituições onde são internados indivíduos cujo comportamento é indesejado. Ex: Hospitais psiquiátricos, asilos, prisões, internatos, enfermarias...), Heterotopias temporais (como museus reúnem objetos de todos os tempos e estilos em um lugar. Eles existem no tempo, mas também existem fora do tempo, porque eles são construídos e preservados para serem fisicamente incapazes de se deteriorar com tempo), Heterotopias de purificações (que são espaços que estão isolados e penetráveis ao público sem permissão usados para se purificar, seja por motivos religiosos, ou meramente por higiene. Ex: Templos religiosos, prisão, sauna), Heterotopia de ilusão (que usa objetos reais para criar ilusões e fantasias. Ex: Espelho, livros e filmes de ficção) e Heterotopia de compensação (Lugar real e único que simula e se relaciona a condições de outro lugar. Um jardim botânico é uma heterotopia porque é um espaço real, mas que simula ser um ambiente diferente, adequando-se às plantas de todo o mundo. Outros exemplos incluem zoológicos, estufas, colônias, enclaves, etc). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 

MEDITAÇÕES: TONS DE CEFALÔNIA - [...] Índigo, o azul profundo contém uma abundância de safiras que brilham através da densidade, despertando e agitando a nossa consciência. À luz do dia o mar vai mudar, mas por enquanto permanece misterioso, alcançável através da nossa imaginação. [...] Vestidos de noiva brancos deslumbrantes e puros, trazendo promessas, unindo duas almas, forças vitais conectadas, mantendo a mesma visão. [...]. Trechos extraídos da obra Shades of Kefalonia: Meditations (Independent Publishing, 2014), da atriz, escritora, roteirista e diretora estadunidense Jennifer Lynch, autora de frases tais como: Encontrei luz e prazer dentro do horror. A alegria é encontrada no sopro da aceitação, sabendo que tudo está bem em nosso mundo, se nos rendermos com graça. Não consigo deixar de ter pensamentos tristes às vezes. Às vezes são as coisas mais próximas em minha mente. Veja mais aqui.

 

DOIS POEMASTUDO BRILHA - Então, de repente, bosques de faias, todos verdes por trás dos olhos sonolentos \ um cervo salta pela estrada da floresta\ aromas de ácido e musgo e bochecha contra casca, luz do sol\ entre troncos, estou em casa e ouço o Mar Báltico\ bato contra grandes pedras distantes e eu descanso como um\ fada ou bruxa nos cheiros doces do chão da floresta\ podemos facilmente esquecer o que somos, quem somos\ que somos, mas basta uma pequena ligação\ acordar os adormecidos, como agora, na floresta, para \ A ESCUTA, não é aquela música e o toque das taças\ soando nas câmaras verdes? SIM, caramba, uma celebração\ para a criança de dezessete anos, que nunca\ fui mais feliz e nunca serei mais feliz; o mundo brilha\ tudo inimaginavelmente possível enquanto uma cambalhota\ e uma sensibilidade nova, mas não perturbadora, instalou-se\ no meio de sua irresistivelmente marzipanescente \ corpo. TUDO PISCA - Então, de repente, uma floresta de faias, toda verde por trás dos olhos semicerrados \ uma traseira salta sobre a estrada de terra batida\ aqui cheira a ácido e musgo e a bochecha contra casca, sol chuva\ entre tribos, estou em casa e ouço o Mar Báltico\ ataque contra grandes rochas distantes, estou descansando como um só\ fada ou bruxa nos aromas do chão da floresta\ podemos facilmente esquecer que somos quem somos\ que somos, mas é necessário apenas um pequeno sinal\ despertar o adormecido, como agora, na floresta, para\ OUÇA AGORA, não é cantar e tilintar de copos\ isso soa nos corredores verdes? SIM, uma festa\ para a criança de dezessete anos que nunca teve\ tive melhor e nunca vou melhorar; o mundo pisca\ tudo inimaginavelmente possível durante um power jump\ e uma sensibilidade nova, mas não perturbadora, se instalou\ no meio do irresistível maçapão\ corpo. Poemas da escritora dinamarquesa Naja Marie Aidt.

 

HUMOUTRARTES


PENSAMENTO DO DIA – Quando a gente enfia o pé na jaca, não adianta judiar da mãe do guarda, nem do fiofó afolosado do prefeito. É só sair tropicando pra tirar o meladeiro e mandar ver como se nada tivesse acontecido.

HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO – Doro apareceu como sempre: candidato presidenciável sem partido, sem vergonha e sem ter onde cair morto. E foi logo dizendo: “Vote em Doro pela mudança!”. Oxe, aí eu perguntei: - Como é? Ele na lata respondeu: “Os caras tão falando tanto de mudança que num sei se eu tô fora do negóço ou se eles que enlouquecero”. Ué? Aí ele arremedou: “Será que desindoidei de vez ou os caras tão piradinhos de bigu na fumaça do braquearo que não me disseram que tá queimando, hem?”. Já vi a lorota. “Mudança? Pra mim a mudança tá só na cor da bosta que a fedentina entuia!”. Pra mim, os caras estão parafraseando Clarice Lispector: a mudança da mudança da mudança da mudança da mudança... ou, ainda, eles querem voltar antes da mudança da mudança da mudança e cair na ditadura dos milicos de 1964/85? É mudança demais pra meu juízo pouco. Claro, ora, que a coisa num tá lá que se diga que tá maior das lindezas, claro que não, ora ora! Longe de léguas de lonjura de chegar nem no chulé do que a gente deveria ter por básico. Valha-me esse negócio de horário eleitoral gratuito.

ÉTICA – “A ética pode ser definida como um estudo de padrões de conduta e de julgamento moral. É especialmente útil quando permite solucionar padrões ou julgamentos morais conflitantes. Não é algo assim tão simples quando decidir o que é certo ou errado. Dilemas éticos mais difíceis surgem quando dois princípios aparentemente corretos estão em conflito. Existem muitos exemplos desse tipo de conflito no mundo atual. O debate em prol da vida em contraposição ao direito de escolha (a opção de uma mulher por abortar o filho, por exemplo) é um conflito clássico entre dois valores – a vida e o direito de escolha. Existem várias outras situações. [...]”. Em vista disso, seja verdadeiro, proteja a privacidade, não crie comportamentos inadequados, não seja ofensivo, seja justo e equilibrado, evite estereótipos e proteja as crianças. E durma em paz (recolhido de Alan R. Andreasen, do livro Ética e marketing social: como conciliar os interesses do cliente, da empresa e da sociedade numa ação de marketing). Veja mais aqui.

PASSADO, PRESENTE & FUTURO – “[...] O conhecimento histórico organiza a desordem e estabelece um significado ao que parece ser um caos, colocando o passado em perspectiva para explicar o presente. [...] o que fomos no passado pode mostrar o que somos no presente”. (Duane Schultz & Sidney Schultz, História da psicologia moderna).

NÃO DESISTA! – “Quando as coisas derem errado, como às vezes dão, quando sua estrada parecer uma subida sem perdão, quando as dívidas forem altas e os recursos a expirar, e você quiser sorrir, e só conseguir suspirar; quando a preocupação for a única coisa diante da sua vida – descanse, se precisar, mas não desista. A vida é caprichosa, vivem dizendo, conforme todos um dia acabam aprendendo, e muitos dos que lutam, acabam desistindo quando teria vencido se continuassem insistindo. Não desista, ainda que seu progresso pareça lento – você pode conseguir, com outra investida a contento. Muitas vezes o lutador deixa de perseverar quando a taça da vitória tão perto estava de conquistar, e acaba percebendo, já muito tarde, quando sobre a terra a lua lança sua luz prateada quão próximo ele estava da coroa dourada. O sucesso é o avesso do fracasso – continue lutando, ainda que o mais duro golpe possa vir – porque quando piores estão as coisas é que não se pode desistir”. E aconselho: leia Cândido e o Otimista de Voltaire, será um santo remédio. (recolhido de Charles M. Futrell, do livro Vendas: fundamentos e novas práticas de gestão).

O HOMEM DO MUNDO DESPEDAÇADO – Aos 23 anos de idade, um soldado russo, subtenente Zasetsky, levou um tiro no lado esquerdo da cabeça. O ferimento alterou seu comportamento de forma abrupta, conforme verificado no seu diário. Uma mudança experimentada por ele foi de visão fragmentada: “Desde que fui ferido, não pude mais ver um único objeto inteiro – nem uma única coisa. Mesmo agora, preciso usar minha imaginação para completar objetos, fenômenos ou qualquer coisa viva. Isto é, preciso representar sua imagem na mente e tentar lembrar-me deles como elementos completos – depois de poder observá-los, tocá-los ou obter alguma imagem deles”. Partes do corpo de Zasetsky aparecem distorcidas para ele: “Às vezes, quando estou sentado, subitamente sinto como se minha cabeça fosse do tamanho de uma mesa – exatamente desse tamanho -, enquanto minhas mãos, pés e tronco tornam-se bem pequenos. Quando fecho os olhos, sequer tenho certeza de onde está minha perna; por alguma razão, costumava pensar (e até sentir) que estava acima do ombro, e até mesmo acima da cabeça”. A percepção de espaço dele foi prejudicada de outra forma. Segundo ele: “Desde que fui ferido, às vezes tenho dificuldade para me sentar em uma cadeira ou em um sofá. Primeiro olho onde a cadeira está, mas, quando tento sentar, subitamente tenho de agarrar a cadeira porque sinto medo de cair no chão. Às vezes isso ocorre por que a cadeira está mais adiante do que eu imagino”. Talvez o mais triste de tudo é que as habilidades intelectuais dele ficaram profundamente prejudicadas: perdeu a capacidade de ler e escrever. Teve dificuldade de compreender o sentido de uma conversa ou de entender uma história simples. Outrora excelente estudante e pesquisador competente, não podia mais lidar com assuntos que lhe eram básicos: gramática, aritmética, geometria, física. Começando do zero, ele tentou desesperadamente reaprender. Procurou meios de compensar as capacidades intelectuais que perdera. Porém, nisso, jamais teve êxito, apesar dos diligentes esforços ao longo de mais de 25 anos. O caso dele frisa a importância do cérebro para o comportamento e a cognição (Registrado por Luria e recolhido de Linda Davidoff, Introdução à Psicologia).


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