O EU E TU – A intersubjetividade no pensamento do
filosofo, escritor e pedagogo israelita Martin
Buber (1878-1965) compreende uma das áreas que envolve a vida do homem que
necessita ser refletida e analisada à luz da filosofia e da antropologia
filosófica. Para ele uma nova sociedadew constituída por um socialismo
descentralizado se organiza através de pequenos grupos, nos quais os homens
viveriam em relacionamento direto, motivados mais por idéias religiosas do que
polikticas. Essa teoria, para o autor, seria não existencial do conhecimento
não está implícita no dualismo e para superá-lo a relação teria de ser com o
ego se defrontando com o mundo como sujeito, uma vez que o homem é eu e Deus
tu, tomando o universo como tu, o mundo e a vida ganham signifcado. Em suas
publicações o autor deu ênfase à sua idéia de que não há existência sem diálogo
e comunicação e que os ohjetos não existem sem que haja uma interação entre
eles. As palavras eu-tu compreendem relação e eu-isso compreendem experiência,
demonstram as duas dimensões da filosofia do diálogo e que dizem respeito à
própria existência, conforme ele expressa na sua obra Eu e Tu. Veja detalhe
dessa obra aqui.
Imagem: The woman in the waves (1868), do pintor francês Gustave Courbert (1819 – 1877).
Ouvindo: o álbum Mask (1985), do compositor grego Vangelis.
LÃS AO VENTO – A premiadíssima poeta e professora Arriete Vilela é um dos mais representativos nomes da literatura brasileira contemporânea. Em seu livro Lãs ao Vento ela traz uma narrativa das mais encantadoras e magistrais, capazes de nos envolver numa teia de deleite e inspiração. Eis um fragmento dessa belíssima obra: “[...] Senhora Editora, sei que hoje a Palavra silencia, silencia-se, silencia-me. Uma violência simbólica – e insidiosa: sinto-me despedaçada, burlada, triste, esgarçada, desamparada, ludibriada, trapaceada no afeto, na esperança, no sonho e na alegria... Não tenho encontrado consolo. Fiz da Palavra palavras: charola enfeitada com santinhos de roca. Quimeras. Soçobros. Folhas maceradas. Bordejos. Transitoriedades. Quinquilharias. Apenas lãs ao vento. Lãs ao vento...”. Veja mais Arriete aqui.
A TRAGÉDIA DO AMOR DE ABELARDO
E HELOISA – Amorosos
célebres, cujo tumulo pode ser visto no cemitério de Père-Lachaise, em Paris.
Pierre Esbeilard ou Abelardo, ficou célebre como filósofo e teólogo; seguiu a
carreira religiosa e tinha recebido ordens menores, quando o cônego Fulbert,
impressionado por sua inteligência e cultura, convidou-o para professor de sua
sobrinha Heloisa, que possuía, então, 17 anos e Abelardo 39. O convívio com a
jovem, inteligente e bela, despertou violenta paixão carnal no professor, que
logo fez da jovem sua amante, valendo-se da confiança nele depositada. Algum
tempo depois, tendo Heloisa ficado grávida, resolveu o filósofo encerrar sua
carreira religiosa e desposá-la, para o que não havia nenhum impedimento
canônico; isto só ocorreria no caso de ter recebido as ordens maiores. A
família, no entanto, apõe-se terminantemente a essa solução e o cônego Fulbert,
indignado, contratou sicários, para que prendessem Abelardo e o castrassem,
quando o mesmo entrou para um mosteiro e escreveu várias obras sobre Teologia,
mas uma parte da sua doutrina foi denunciada como herética por um frade
cisterciense, Guilherme de Saint-Thierry, denuncia levada a um concilio
presidido por São Bernardo e que terminou com a sua condenação. Empenhava-se em
sua defesa, perante Roma, quando morreu no convento de Cluny. Heloisa viveu
ainda 22 anos. Tinha ela entrado também para um conventop, o do Paracleto,
fundado por Abelardo. Priora desse mosteiro, quando o teólogo amado morreu,
reclamou o corpo do amante e foi ao lado deste que desejou ser enterrada, em
Paris. Seus desejos foram cumpridos. Os amores de Abelardo e Heloisa se
tornaram objeto de referencia da famosa Ballade
des dames du temps jadis, de François Villon, e inspiraram uma peça
dramática de Eugène Scribe, além de varias biografias e versão para o cinema.
Toda história foi narrada no livro Histoire
de mes malheurs. Veja detalhes aqui.
VIAGEM AO CENTRO DA TERRA – A fascinante obra Viagem ao centro da terra (Voyage au centre de la Terre, 1864),
do escritor francês Julio Verne
(1828-1905), foi uma das que mais me impressionaram desde a infância até hoje,
pela sua instigante história narrada sobre uma incursão pela cratera do
vulcão Sneffels, na Islândia, até chegar no centro da terra. Essa narrativa
inspirou belíssimo terceiro álbum do músico de rock progressivo e rock
sinfônico britânico Rick Wakeman, Jorney tho the centre of the earth
(A&M, 1974), ao vivo no Royal Festival Hall, em Londres, na Inglaterra, no
dia 18 de janeiro de 1974, com a The London Sympohony Orchestra e o The English
Chamber Choir, sob a regência do maestro David Measham, arranjos para orquestra
e coro de Wil Malone e Danny Beckerman. Tanto o livro como o álbum me fascinam
até hoje, razão pela qual estou sempre passando a vista e ouvidas causando-me
deleite inenarrável. Veja mais aqui.
SALÒ OU OS 120 DIAS DE SODOMA – O polêmico filme Salò ou os 120 dias de Sodoma
(Salò o le 120 giornate di Sodoma, 1875)
é uma das obras primas do poeta, escritor e cineasta Pier Paolo Pasolin1 (1922-1975), inspirado no livro 120 dias de
Sodoma, do escritor francês Marquês de Sade (1740-1814), contando a perturbadora
história de um grupo de jovens numa região italiana sob o governo de Mussolini,
que são agrupados por dirigentes fascistas do poder econômico, jurídico, religioso
e da nobreza, para serem vítimas de uma série de torturas e experimentos
sádicos que compreendem três fases ou círculos: a primeira parte, o círculo das
manias no qual ocorre a satisfação dos desejos sexuais dos fascistas; a segunda
fase, o círculo das fezes, os jovens são submetidos à tortura de ingerir fezes
num momento de repleta escatologia; e a terceira fase, o círculo de sangue,
ocasião em que os prisioneiros são punidos com torturas, mutilações e
assassinatos por desobediência. Nesse filme o diretor desnuda a insanidade,
crueldade e bestialidade do ser humano no abuso de poder. Veja mais aqui e aqui.
Veja mais sobre:
A mulher suméria aqui.
E mais:
Na Avenida Jatiúca, Maceió, Gilles Lipovetsky, Slavoj Žižek, Moema
& Victor Meirelles, Quinteto Armorial, Michael Winterbottom, Anna Louise
Friel, Felicien Rops & Juareiz Correya aqui.
Neuroeducação aqui.
Paulo Freire: Pedagogia do Oprimido &
da Autonomia aqui.
Psicopatologia, Vontade, Psicomotricidade
& Direito Autoral aqui.
Erich Fromm & A dialética do concreto
de Karel Kosik aqui.
Os amores de Edneimar, a viúva negra, Iara Rennó, Edward Yang & Elaine Jin,
Norman Lindsay & Tudo quanto pode o sonho pode o amor provar aqui.
Se essa rua fosse minha, Adélia Prado, Chiquinha Gonzaga &
Clara Sverner, Luciah Lopez & Quem sabe a vida o amor que nos faz vivo aqui.
Quem vê cara, não vê coração, Fany Solter, Valmir Singh, Jack
Mitchell, Fabien Clesse & Entre tombos e topadas a gente leva a vida aqui.
Erotismo & pornografia: o tamanho da
hipocrisia, Ferreira Gullar, Thomas
Carlyle, Nadir Afonso, Maria Gadú, Edmund Joseph Sullivan & A
alegria imensa para um, dois ou mais, todos aqui.
A ansiedade, a depressão & a
medicalização, José
Cândido de Carvalho, Maria Clodes Jaguaribe, Shirley Paes Leme, Aldemir Martins & Na festa das vitrines tudo é do umbigo
& o bolso furado no âmago aqui.
Martin Buber, Pier Paolo Pasolin1,
Abelardo & Heloísa, Julio Verne & Rick Wakeman, Gustave Courbert,
Vangelis & Arriete Vilela aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.