sexta-feira, fevereiro 20, 2015

QUINTANA, TÁCITA, WANG TU, ANSEL ADAMS, LEIGHT, EDUARDO SOUTO NETO & CARLITO LIMA.


A HISTÓRIA DO VELHO ESPELHO – A narrativa A história do velho espelho, de Wang Tu (Maravilhas do Conto Chinês - Cultrix, 1961), faz parte do período compreendido pela Dinastia Tang chinesa (618-907), estimulou os escritores e letrados taoístas chineses que lançaram um novo gênero com os tempos áureos de fausto da corte, quando os poetas galanteavam livremente as damas de linhagem, os comediantes, dançarinos e trovadores estrangeiros enchiam o ócio da aristocracia requintada e culta. A narrativa começa: Natural de Fenb-Yin, Heú Seng, que viveu no reinado dos Suei, era um homem estranho. Durante muito tempo fui seu discípulo e tinha por ele a veneração que a um tal mestre é devida. Ao morrer, legou-me um espelho, dizendo: - Com este espelho, verás que todos os maus espíritos se afastarão de ti. Prometi ao mestre agonizante que guardaria ciosamente seu legado. Era um espelho de bronze, de oito polegadas de largura, com um suporte traseiro em forma de unicórnio agachado. [...] na sua parte fronteira, viam-se vinte e quatro caracteres arcaicos. A caligrafia, de traços abruptos, parecia, à primeira vista, do estilo Li-Chu. Contudo, ao examiná-la, constatava-se que fugia de todas as regras caligráficas. Explicou-me, então, o mestre, que eram sinais correspondentes às vinte e quatro condições atmosféricas. Ao se colocar o espelho contra a luz, distinguiam-se nitidamente, contra a superfície metálica, os desenhos do verso. Suspenso como gongo, produzia, a cada batida, nota de ressonância cristalina, que se prolongava pelo dia todo. Por tais virtudes, diferia extraordinariamente dos espelhos comuns. Fazia jus, pois, à admiração sem reservas de Heú Seng, homem genial, que sempre o considerara um objeto divino. Veja mais aqui.

Imagem: fotografia de Suzan Kaminga – recline, do fotógrafo estadunidense Ansel Adams.


Ouvindo o Tema da Vitória no cd Tributo a um campeão (1994), consagrado nos tricampeonatos dos pilotos de Fórmula-1 Nélson Piquet e Ayrton Senna, do premiadíssimo maestro, compositor, arranjador e instrumentista brasileiro Eduardo Souto Neto.

LEITOR IDEAL – No livro Porta Giratória (Globo, 1988), do poeta, tradutor e jornalista gaúcho Mario Quintana, encontra-se O Leitor Ideal, cuja narrativa se desenrola assim: O leitor ideal para o cronista seria aquele a quem bastasse uma frase. Uma frase? Que digo? Uma palavra! O cronista escolheria a palavra do dia: Árvore, por exemplo, ou Menina. Escreveria essa palavra bem no meio da págimn com espaço em branco para todos os lados, como um campo aberto aos devaneios do leitor. Imaginem só uma meninazinha solta no meio da página. Sem mais nada. Até sem nome. Sem cor de vestido nem de olhos. Sem se saber para onde ia.... Que mundo de sugestões e de poesia para o leitor! E que cumulo de arte a crônica! Pois bem sabeis que arte é sugestão... E se o leitor nada conseguisse tirar dessa obra-prima, poderia o autor alegar, cavilosamente, que a culpa não era do cronista. Mas nem tudo estaria perdido para esse hipotético leitor fracassado, porque ele teria sempre à sua disposição, na página, um considerável espaço em branco para tomar os seus apontamentos, fazer os seus cálculos ou a sua fezinha... Em todo caso, eu lhe dou de presente, hoje, a palavra Ventania. Serve? Veja mais aqui, aqui e aqui.

AMIGO É PRESSAS COISAS – Uma das amizades que tenho o dever de manifestar eternamente a minha gratidão por me sentir premiado na vida é a que tenho o prazer de manter com o escritor, boêmio, Duque de Jaraguá e agitador cultural alagoano Carlito Lima. Como diz o meu escritoramigo Luiz Berto: esse é um desassombrado! E digno da gente ficar cantando e fazendo bis daquela canção que virou sucesso do MPB-4: Amigo é pressas coisas. Ele é membro da Academia Alagoana de Letras, Secretaria de Cultura e criador da Feira Literária de Marechal Deodoro (Flimar), além de ser um excelente autor de uma obra que tem se tornado o xodó literário dos alagoanos. Tive a oportunidade de entrevista-lo e publicar uma resenha de uma de suas obras, Nordeste Independente, no meu Guia de Poesia. Para ter uma ideia de grandiosa pessoa da minha estima confira aqui, aqui e aqui.

O SEGREDO DE VERA DRAKE - O drama britânico O segredo de Vera Drake (2004), dirigido pelo cineasta Mike Leight que experienciou na infância e na adolescência estilos de vida diferentes, notadamente por ser filho de um médico e de uma parteira, relatado, inclusive, no seu livro The Cinema of Mike Leigh: a sense of the real. O filme conta a história da pobreza de uma mulher que desafia os valores morais da sociedade na década de 1950: Vera Drake. Ela é uma diarista devotada à família, cuida de seu marido, de sua mãe e de seus filhos e que, atendendo pedidos de sua amiga Lily, realiza generosamente abortos clandestinos e é denunciada à polícia. Não sabe que a amiga cobra das pacientes, inclusive, da jovem Susan, uma filha de uma das patroas de Vera, que foi estuprada e engravida. Um detalhe: a família dela não sabia disso. Depois de ser presa, ela é julgada e condenada.  Veja mais aqui.


TÁCITA – Hoje se comemora o Dia de Tácita, a deusa do silêncio e da virtude, sendo também aquela que protege contra os perigos da inveja e das palavras maliciosas que carregam considerável energia negativa. Veja mais aqui.


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Proezas do Biritoaldo: Quando a língua dá no dente do alcaguete, sai de riba que lá vem o enterro voltando aqui.
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Adolfo Bécquer, Paulo Moura, Pedro Onofre, Antônio Miranda & Gárgula – Revista de Literatura, Marcos Rey & Marta Moyano, Mihaly von Zick, Associação de Blogs Literários do Nordeste (ABLNE), Virna Teixeira & Programa Tataritaritatá aqui.
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