sábado, janeiro 09, 2016

ANA LINS, A REVOLUÇÃO DE 1817 & TODO DIA É DIA DA MULHER


ANA MARIA JOSÉ LINS - Ana Lins descendia de holandeses de Porto Calvo, Alagoas, e participou ativamente das lutas republicanas de 1817 e 1874. Segundo Schumaher (2004), Schumaher e Brazil (2000) e Silva e Bomfim (2007), a revolução de 1817, de fato repercutiu fragorosamente em Alagoas, tendo algumas localidades aderido ao movimento, como Penedo e São Miguel dos Campos. Em São Miguel dos Campos o movimento tomou grandes proporções, tendo à frente a valente Ana Lins e seu marido, Manoel Vieira Dantas. O engenho Sinimbu, de propriedade do casal, tornou-se um grande centro de combate. Ana foi uma ativa colaboradora do movimento rebelde, atuando na propaganda das idéias revolucionárias, indo de engenho a engenho, vencendo léguas sem desânimo, para convencer a todos, com seu próprio exemplo de coragem, a se engajarem na luta. Segundo Costa (sd), ela fez jurar bandeira, sob promessa de liberdade, os escravos de sua fazenda e dos engenhos circunvizinhos. A reação daqueles que se mantinham fiéis ao rei, porém, já estava sendo preparada e, sob o comando do ouvidor Batalha, as tropas puseram-se em marcha a fim de sufocar a sublevação republicana em território alagoano. Já na revolução de 1824 também foi liderada por Pernambuco, e tinha por objetivo a criação de um governo republicano e a implantação de um Estado independente do monarquia portuguesa, que vinha espoliando as riquezas nordestinas. Batizada com nome de Confederação do Equador, a revolta eclodiu no Recife, alastrou-se pelo Nordeste, e teve grandes repercussões na capitania das Alagoas. São Miguel dos Campos e Anadia aderiram rapidamente ao movimento, com esta última constituindo-se em centro irradiador da Confederação em Alagoas. As tropas imperiais, entretanto, prepararam sua reação e atacaram Palmeira dos Índios, Anadia e São Miguel dos Campos, tentando evitar que a influência revolucionária se deslocasse para a cidade de Alagoas, então capital. A chefia do movimento de apoio aos republicanos na província coube a Manoel Vieira Dantas, sua esposa, a revolucionária Ana Lins, e seus filhos. Vieira Dantas concentrou-se em São Miguel, onde combateu arduamente, sendo porém preso juntamente com seu filho. Mas a prisão do marido não arrefeceu o ânimo de Ana. Em seu engenho, o Sinimbu, liderou a mais feroz reação, congregando os últimos fiéis da resistência. Na casa grande do engenho, conforme Costa (sd), deu-se trincheira republicana, os últimos rebeldes combateram até a munição se esgotar. Entrincheirada na casa grande do Engenho Sinimbu, travou a última batalha da Confederação do Equador, enfrentabdo à bala as tropas imperiais até que a falta de munição levou-a a se render. Ela e o seu filho, futuro Visconde de Sinimbu, foram levados para a Cadeia Pública de Alagoas. A senhora de engenho, que dirigiu pessoalmente este combate desigual, mesmo obrigada a assistir o incêndio devorar seus canaviais, destruir as casas dos moradores locais e ameaçar todo seu patrimônio, ainda assim não perdeu a garra. Quando as tropas legais entraram na casa grande, já não havia homens no local, pois Ana garantira a fuga de seus aliados, ainda que ao preço de ser detida. Mais tarde, depois de libertada e anistiados os rebeldes, a senhora do engenho Sinimbu assumiu o encargo de restaurar sua propriedade arrasada. Corajosa, enfrentou muitas dificuldades, porém, quando seu marido retornou, encontrou o engenho restaurado e imponente como antes. E momento algum o desânimo brotou na alma dessa heroína alagoana. Apesar da derrota da Confederação, algumas das ambições revolucionárias se realizaram, como a expulsão dos comerciantes portugueses, que, pressionados pela população, embarcaram num veleiro em Jaraguá.

A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 – Os movimentos revolucionários ocorridos em 1817, em Pernambuco, aconteceram, segundo Franco (1967), enquanto ocorriam ocupações de tropas luso-brasileiras no Uruguai envolvidos em diversos conflitos no Rio Grande do Sul. Em Pernambuco, porém, conforme o citado autor, ocorria uma revolução que significava um protesto desde o século anterior do norte contra a hegemonia do sul. Além do mais, tais movimentos, segundo diversos historiadores, foram influenciados pelos ideais republicanos irradiados da França e dos Estados Unidos, bem como dos acontecimentos brasileiros ocorridos desde a Inconfidência Mineira e Carioca e, também, mesmo com origem na Guerra dos Mascates, em Olinda. Tais movimentos eram identificados como uma ação de padres e maçons, segundo Tavares (1969) e outros autores brasileiros, o movimento foi bem recebido entre os padres do Seminário de Olinda, alcançando também guarida entre oficias brasileiros do Regimento de Artilharia do Recife e, ainda, entre os adeptos da Maçonaria. Inclusive, registra o autor que grande parte das lideranças civis, clericais e militares se encontravam no seio da entidade maçônica que era capitaneada por Domingos Teotônio e que se tornará o líder da Revolução, acompanhado de mais 60 padres e 10 frades todos maçons, liderados pelo padre João Ribeiro Pessoa, alma da revolução e mestre, junto com o padre Miguelinho, do Convento de Olinda, incluindo-se, ainda, o Frei Caneca que atuará como secretário de um corpo militar revolucionário e irá liderar 7 anos mais tarde outra revolução republicana - a Confederação do Equador. A respeito disso registra Vilar (2004, p. 29) que: Dos seminários, as idéias liberais já se estendiam às inúmeras lojas maçônicas de Olinda, do Recife, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de Alagoas e do Ceará, bem como aos intelectuais das Academias Literárias, às aulas supostamente de desenho e de geometria que se davam às escondidas nas paróquias, e, em pouco tempo, estavam sendo levadas pelos padres que iam para o interior, em viagem ou em desobrigas, e as transmitiam secretamente pelo caminho, de boca em boca, e já eram aceitas pela maioria do povo e por uma boa quantidade de fazendeiros, de proprietários e de militares brasileiros. Durante esses acontecimentos no Brasil, Tavares (1969) também chama atenção para o fato de que a razão disso se dava porque, na Europa, a Maçonaria congregava secretamente homens crentes em Deus de diversas confissões religiosas no combate ao Absolutismo, implantando, portanto, os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade no mundo, mediante o confronto entre dois regimes que se delineavam, que eram o Monárquico e o Republicano, onde maçons desejavam independência para que os povos fossem dirigidos por uma Constituição ou Carta Magna. Também observa Tavares (1969) que havia no Brasil duas correntes diferentes de opinião, embora ambas tinham como finalidade a emancipação política. Uma parte desejava a independência como um fim em si; a outra, mais radical, pretendia que essa separação se fizesse com a abolição da monarquia e a proclamação de uma república. Os primeiros não queriam se desiludir das esperanças que a vinda da corte havia suscitado, ao passo que os republicanos não perdiam o ensejo de aproveitar todos os erros e abusos do governo para demonstrar como a realeza se divorciava, cada vez mais, dos interesses do povo brasileiro. Foi a partir disso que se deu a revolução pernambucana que, segundo Evaldo Cabral Mello (2004, p. 31), se dera pelos seguintes motivos: A corte explorava impiedosamente a prosperidade inédita que a grande lavoura e o comércio pernambucanos conheceram nos últimos anos do século XVIII e primeiros do XIX, graças ao surto algodoeiro que atraiu ao Recife o aluvião de navios estrangeiros a que se referia o autor anônimo da “Idéia geral de Pernambuco em 1817. (...) Na sua condição de paraíso do Império Português, o Rio atraiu o ódio de todas as províncias. (...) Daí que as reivindicações políticas fossem ali mais amplas, tendendo à adoção de instituições representativas, como provará o fato de que, suficiente para contentar o sul, a elevação do Brasil a Reino em 1815 não obstara a Revolução de 1817. Ressalta, com isso, o autor, que às vésperas do movimento de 1817, a carga fiscal de Pernambuco era pesada, gerando uma revolta anticolonial, estourando numa insurreição que escapou ao controle da maçonaria portuguesa e fluminense. Como resultado, a maçonaria pernambucana fugiu da tutela do Grande Oriente Lusitano, tornando-se lojas brasileiras excluindo portugueses. Além do mais, defende o autor que mais do que a república, a independência foi o verdadeiro motor da revolução de 1817. E isto se desencadeia em Pernambuco, conforme Albuquerque (1986) por causa da infeliz ordem do dia inspirada pelo Governador que vinha ao mesmo instante em que o príncipe regente assumia o trono de Portugal, com o nome de D.João VI, devido ao falecimento da rainha D. Maria I, ocorrido em 1816 e, desse fato, os radicais procuravam tirar partido para aumentar a antipatia existente entre os brasileiros e os portugueses. Neste sentido, aborda, portanto, Tavares (1969) que em princípios de 1817, a situação na capitania pernambucana se tornou tão complicada que o Governador não pôde mais recuar da atitude que havia assumido e, de acordo com os chefes da ala portuguesa, mandou prender tanto alguns paisanos exaltados como os oficiais brasileiros que haviam se comprometido pelas suas idéias contrárias ao governo. Com esta medida, explodiu a revolta que já era iminente, e que foi agravada pela prepotência das autoridades em relação aos brasileiros. Nesta época, informa o autor mencionado, Pernambuco dispunha de duas unidades do que hoje seria o Exército, compreendendo uma de Infantaria e outra de Artilharia. Nesta última teria inicio a revolução que possuía dezoito corpos de Milícias, sendo 11 no interior e além oito fortes litorâneos. Com isso, dá-se o estopim da revolução com um incidente numa festa comemorativa da expulsão dos holandeses em que um alferes do Regimento dos Henriques surrou um português que havia injuriado os brasileiros. A oficialidade portuguesa dominante achando tratar-se de um incidente grave envolvendo aspectos políticos e sociais, tratou de punir os militares brasileiros envolvidos. Assim, o comandante do Corpo de Artilharia que era um brigadeiro português, tenta efetuar a prisão dos três oficias brasileiros de sua unidade, inclusive o líder capitão Teotônio que foi assassinado pelo capitão José de Barros Lima, mais conhecido como O Leão Coroado, que o atravessou com sua espada, auxiliado por um familiar. Com isso, o capitão Teotônio começou a agir com vistas a implantar um governo republicano em Pernambuco. Foi a partir disso, conforme registrado por Tavares (1969), que o Governador procurou proteção no Forte do Brum. E para efetuar algumas das prisões ordenadas, assinala o autor mencionado, que o brigadeiro Barbosa de Castro reuniu a oficialidade sob o seu comando e começou a insultá-los na presença de seus subordinados, taxando-os de traidores. Inflamado por esse desacato, o capitão Barros Lima desembainha a espada e arremete contra o general, matando-o quase que imediatamente. Aquela trágica cena foi o sinal de levante. O Governador quis reagir, mandando prender os criminosos, mas o movimento cresceu com espantosa rapidez. Além do mais merece destaque a informação de Tavares (1969) acerca do fato de que a parte brasileira da guarnição que até agora havia se mantido longe da conspiração, enfim juntou-se aos oficiais revoltosos e o povo, ignorando as conseqüências, confraternizando-se com a tropa. O imprudente Governador, responsável indireto por aquele desfecho, reuniu, então, algumas forças que ainda se mantinham fiéis a ele e refugiou-se na fortaleza do Brum, ação que resultou inútil, pois na noite de 7 de março de 1817 era obrigado a se render. Em seguida, seguiu para o Rio de Janeiro onde foi preso incomunicável numa praça de guerra. Neste contexto, observa Thomás (1964, 254) que: Em Pernambuco, onde mais acesa ia a animosidade nativista, os liberais planejaram uma revolta com o fim de proclamar a república. Negociante, natural da Bahia e educado na Inglaterra, chamado Domingos José Martins, pregava, no Recife, as idéias liberais mais exageradas e mostrava-se muito partidário dos oficiais pernambucanos, com os quais se banqueteava, excitando-os a um levante. Nada, porém de definitivo havia determinado, quando um incidente vulgar e sem importância provocou desordens graves na província. Certo português fora espancado por um soldado preto do regimento dos Henriques, em seguida à troca de palavras injuriosas; logo, o mesquinho acontecimento assumiu proporções de grave crime político nas rodas militares. O capitão-general Caetano Pinto de Miranda Montenegro, de caráter brando, pacífico e até tímido, cujo governo, próspero para a província fora sempre eqüitativo, embora fraco, baixou uma ordem do dia para recomendar aos oficiais não tratarem nem terem amizade com homens empestados que pretendiam enganá-los com falsas sugestões. A palavra empestado era imprudente e foi muito criticada nos jantares entre nativistas, onde não se comiam iguarias européias, e onde se fazia o elogio inflamado das idéias revolucionárias. A irritação da milícia tornou-se tão aguda que o governador, a 5 de março de 1817, reuniu em conselho os oficiais portugueses que estavam no Recife e, com eles, decidiu que, no dia seguinte e à mesma hora, seriam presos 7 militares e paisanos mais comprometidos. Essa resolução executou-se facilmente para Domingos José Martins e mais dois ou três indigitados; mas o brigadeiro Manuel Joaquim Barbosa de Castro, comandante da artilharia, querendo, além de prender, censurar o procedimento daqueles oficiais suspeitos de seu regimento, foi morto a estocadas pelo capitão José de Barros Lima, por alcunha o Leão Coroado, sem que nenhum dos oficiais presentes se movesse para defender o comandante; o tenente José Mariano de Albuquerque Cavalcante, genro do agressor, ajudou-o a tirar a vida ao chefe (6 de março de 1817). Depois deste assassínio, rompeu a revolta; um ajudante-de-ordens, mandado pelo capitão-general para sufocar o levante, morreu a tiros dos soldados do mesmo regimento de atilharia. O povo uniu-se às tropas. Os portugueses foram maltratados; abriram-se as portas das prisões. Martins e outros presos políticos recobraram a liberdade. O capitão-general Montenegro, obrigado a abandonar o palácio, encerrou-se na fortaleza do Brun, onde teve a fraqueza de assinar, no dia seguinte, 7 de março, a vergonhosa capitulação. Entregava a fortaleza, retirando-se para o Rio com as pessoas que o quisessem acompanhar. A partir daí, observa-se conforme anotado Muniz Tavares (1969), os revolucionários organizaram, imediatamente, uma Junta de Governo, auxiliada por um Conselho de Notáveis. Teotônio Jorge, Domingos Martins e o padre João Ribeiro tornaram-se os chefes da revolução. Uma vez que se tornaram senhores de Pernambuco, trataram de propagar o movimento, expedindo emissários para diversas capitanias. Para o norte, logo a Paraíba e o Rio Grande aderiram, enquanto que, para o sul, a adesão recebida foi a de Alagoas. Também foram enviados emissários ao Ceará, à Bahia e aos Estados Unidos, este último com dinheiro para comprar armas e munições e contratar oficiais franceses e obter apoio daquela República. E em conformidade com os registros deste autor, a partir de 3 de abril, os comandantes de unidades revolucionárias foram apresentados à bandeira e tope nacional da nova república, que é a atual bandeira de Pernambuco. Com este ato juraram solenemente defendê-los até a morte. A reação do governo não se fez esperar. E sobre este fato, Thomás (1964, p. 256) assinala que: O governo provisório apoderou-se dos estabelecimentos públicos e do erário, onde encontrou 600 contos de réis, aumentou o soldo das tropas e fez promoções de dois ou três postos dos oficiais, substituiu o tratamento de senhor e outros pelo de vós; embargou toda a propriedade dos súditos portugueses, aboliu a maior parte dos impostos e procurou aumentar o tesouro com a cobrança das dívidas da extinta Companhia de Pernambuco (...). Adotou nova bandeira, divida horizontalmente em duas partes iguais, azul em cima com o arco-íris e o sol rodeado de três estrelas, branca embaixo, com uma cruz vermelha. A cruz mostrava que o Brasil era consagrado àquele precioso memorial da redenção humana. A 3 de abril de 1817, quinta-feira santa, esta bandeira foi benta com a maior solenidade pelo deão da Sé de Olinda, no campo do Erário, lugar ocupado hoje pelo palácio do governo. As 3 estrelas simbolizavam as 3 províncias aderentes ao movimento: Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte. Emissários enviados à Paraíba e ao Rio Grande do Norte conseguiram logo a adesão, por não haver ninguém capaz de alguma resistência. O subdiácono José Martiniano de Alencar pregou no Crato para mover o povo em favor da insurreição, foi logo preso e remetido para Fortaleza; o padre José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima, alcunhado Padre Roma, passou por Alagoas, velejou para Salvador, a fim de, aí, propagar a insurreição: aportou em Itapuã, caindo às mãos da polícia do Conde dos Arcos, governador da província. Teve apenas o tempo de jogar seus papéis ao mar e, assim, não revelaria os nomes dos baianos que o esperavam. Citado a um tribunal militar, tudo confessou e, três dias mais tarde, a 29 de março, foi fuzilado no campo da Pólvora ou de Santana, depois de receber o conforto da religião. Com isso, acrescenta Tavares (1969) que nas outras capitanias as coisas não foram bem receptivas, como no Ceará, onde o padre Alencar era preso; e na Bahia, onde o padre Roma recebeu a pena de morte sendo fuzilado em 29 de março de 1817. Isto porque o então Governador da Bahia, conde dos Arcos, antes vice-rei quando a corte chegou ao Rio, em 1808, operou energicamente contra a insurreição, fazendo cair sobre Pernambuco forças de terra e mar. As forças de terra, sob o comando do marechal Cogominho, chegaram vitoriosas a Pernambuco, cuja capital já se achava bloqueada por uma esquadrilha, cortando a rota de fuga. Em breve, Recife capitula e as últimas legiões republicanas fogem para o interior da capitania. E em 23 de abril uma esquadra do governo com 4 barcos bloqueiam o porto do Recife e foram lançadas proclamações anti-revolucionárias em Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Neste, o povo aos brados de viva a El-Rei, varou a espada um oficial revolucionário numa espécie de resposta ao ato do Leão Coroado. Também na Paraíba a contra revolução foi vitoriosa. E a partir disso, o Conde de Arcos lançou tropas da Bahia pelo litoral e teve início a debacle revolucionaria, quando em 13 e 14 de maio do mesmo ano, no Engenho do Trapiche, os revolucionários, em grande inferioridade numérica, se retiram e abandonaram sua Artilharia em presença das forças comandada pelo Conde de Arcos. Enquanto o sonho de liberdade estava em alta, observa Mello (2004, p. 43) que: (...) na carta do padre João Ribeiro ao governo provisório da Paraiba, de 31 de março de 1817, o sacerdote era categórico: Pernambuco (incluindo Alagoas, então comarca pernambucana) Paraiba, Rio Grande e Ceará devem formar uma só república, pois estas províncias estão tão compenetradas e ligadas em identidade de interesses e relações, que não se podem separar. No Recife, entretanto, conforme Tavares (1969), os revolucionários se renderam à força naval, sendo depois abandonada e ocupada pela força naval, tendo inicio a repressão dura e violenta contra os revolucionários, simpatizantes e suspeitos. Na defensiva, Domingos Teotônio Jorge, segundo Tavares (1969), ainda tentou recompor suas forças debandadas, mas já era impossível, pois a revolução estava completamente perdida. Começaram, então, as perseguições, a impiedade que comoveram a própria alma de muitos dos algozes. Os revolucionários fugitivos foram capturados e submetidos à justiça de comissões militares, seguindo-se outro julgamento na alçada civil, que se mostrou ainda mais inclemente. Em várias partes, ergueu-se o patíbulo e as execuções horrorizaram a tal ponto as populações que os próprios executores de tais excessos estremeceram de espanto, e apelaram para a piedade do Rei. É quando, em 6 de fevereiro de 1818, D.João VI é coroado e concede anistia geral a todos aqueles que ainda não haviam sido executados. Em Alagoas o processo da revolução se dera de forma tal que, conforme Brandão (1909, Méro (1995)) e Accioly (1992), prosseguiu com o antagonismo profundo entre portugueses e brasileiros na aspiração de independência da colônia, havendo, pois, de mais sintomático o contra-golpe com as medidas do Conde de Arcos ao ouvidor Batalha que proporcionaram seqüestros, prisões e mortes. A esse respeito, expressa Lindoso (2000, p.3) que foram registrados diversos acontecimentos, tais como: (...) O emissário republicano padre Roma atravessou as terras do sul da comarca de Pernambuco, onde iria surgir em Alagoas, espalhando panfletos republicanos, fazendo proclamações e espalhando os decretos assinados pela Junta Governativa do Recife. Era comandante das armas na cidade de Alagoas, Victoriano Borges da Fonseca, com quem confabulou, partindo em seguida numa jangada para a Bahia, onde foi preso e depois executado por ordem do Conde de Arcos. As tropas legais sediadas na cidade de Alagoas eram cerca de 30 soldados. Pois contando com esse pequeno contingente militar Victoriano Borges da Fonseca aderiu ao governo revolucionário do Recife, anistiou presos e destruiu publicamente os símbolos da realeza. (...) Não soube aproveitar as simpatias pelo levante republicano que eram públicas em São Miguel dos Campos e em Penedo. Em vez disto, contentou-se com seu poder limitado à cidade das Alagoas, à margem da lagoa Manguaba. Pensava vencer uma revolução anti-realista com 30 soldados, alguns rumores e as simpatias que os discursos do padre Roma espalharam. (...) Em Alagoas o comandante de armas e seus 30 soldados; no Penedo: Ignácio Francisco da Fonseca Calaça Galvão, Manoel José de Santana, José Gregório da Cruz, Miguel Veloso da Silveira Nóbrega de Vasconcelos, Antonio Silva, alguns militares e outros civis; em São Miguel dos Campos a figura indômita do capitão Manuel Vieira Dantas. (...) Em Alagoas começou a debandada. Só quem resistia era Manuel Vieira Dantas, talvez a figura mais perfeita de um caudilho alagoano. Fatos estes que levou Silva (2000) a identificar o movimento de participação alagoana na rebelião, resultando numa série de prisões, conforme também registrado por Lindoso (2000), do coronel Ignácio Francisco, o major Miguel Velloso, o capitão-mor José Gregório, Manuel Lucas - da vila do Penedo; Manuel Luis Chagas – de Coruripe; Antonio Firmino Brasileiro Carioca – da vila de Maceió; e o capitão-mor Nicolas Paes Sarmento – da vila de Porto de Pedras. Além destes, o coronel Fonseca Galvão, Maria Galvão, Miguel Velloso, do capitão Gregório da Cruz, de Manoel João da Silva e muitos outros que foram presos e sofreram nos cárceres da Bahia. E, segundo a autora, o capitão Silva Moraes e o soldado Manoel Lucas, por exemplo, foram esquartejados na Barra de Jequiá pelas atitudes que tomaram em defesa da Revolução de 6 de março. E acrescenta que: “A atitude heróica de Manoel Vieira Dantas, em São Miguel dos Campos, lutando até o fim, também não pode ser esquecido”. Entre os executados merece destaque a figura do jequiaense Antonio Leão que, segundo Espíndola (2001), foi preso e esquartejado na barra de Jequiá, como patriota, por um individuo que ali morava e era construtor, de nome José Pedro. E que por esse crime bárbaro e cruel ficou tão mal visto e habituado, que afinal em 1826 foi processado, preso e remetido com as suas culpas de outros crimes para as cadeias da relação da Bahia, onde acabou seus dias sob o punhal de um seu companheiro de prisão. Sobre o mártir jequiaense Antonio Leão, diz Lindoso (2000. p. 3): (...) o grande mártir alagoano da Revolução Pernambucana de 1817 seria Antonio Leão, de Barra do Jequiá. Foi preso, fuzilado e esquartejado pelos soldados do marechal Cogominho. A memória do seu martírio tem um sentido: o de ser um exemplo de coragem na defesa das idéias republicanas em nossa terra, e de ser o proto-mártir das liberdades e do civismo republicanos em Alagoas. Pagou com a vida sua condição de república. Alagoas fica a lhe dever uma estátua em praça pública (...) A história da República em Alagoas não deve ser apenas a dos vencedores Deodoro e Floriano, mas também dos mártires da Revolução Republicana de 1817, dos que sofreram nas prisões baianas. E dos que foram fuzilados e esquartejados como o proto-martir de nossas idéias republicanas, o jequianse Antonio Leão. Já Castro (1991, p. 47) fala a respeito deste herói jequiaense: (...) mártires e heróis teve, com muita grandiosidade e ufania. A revolução de 1817, na qual batalhara denodadamente, houve o sacrifício de Antonio de Leão, imolado na ara sacrosssanta da pátria, cujo esquartejamento tingira de sangue as espumas intranqüilas das vagas do Jequiá. (...) herói da terra caeté fora sacrificado. O sangue miguelense enrubescera as areias brancas da praia de Jequiá. Fora o trágico tributo de sangue que o infeliz revolucionário Antonio de Leão pagara à Coroa pela patriótica lusofobia. A luta do mata marinheiro lhe acendera o facho da ridente esperança que reverberava a liberdade da gleba querida. Bastara ligeira penada do inexorável Conde dos Arcos para que o insensível ouvidor Batalha executasse a dura sentença que, a par de outras, lhe granjeara a comenda da Ordem de Cristo e a promoção a Desembargador da Relação na Bahia. O derradeiro grito de rebelião e de independência fora abafado na garganta do valoroso republicano Antonio de Leão, o destemido sonhador de uma pátria melhor sob a lâmina afiada do machado que o esquartejara. (...) Era Antonio de Leão modesto armador, que fabricava pequenas embarcações num estaleiro, na praia de Jequiá, naquela praia de areias brancas onde os urubus lhe devoraram os membros já podres, espalhados ali e acolá. Descendia o patriota da família Rabelo Leite, de Penedo. Seu pai, Francisco Rabelo Leite, casado com Joaquina de Nazaré Leão, vivera em São Miguel dos Campos. Também Pedrosa (2000, p.9) fala a respeito de ilustre nome revolucionário de Jequiá da Praia: Alagoanos mártires como Antonio Leão, ou perseguidos da sorte política como a família miguelense de Manuel Vieira Dantas, mostraram que Alagoas vivenciou as idéias da independência, enquanto sua gente fazia decrescer o prestígio de Portugal e da monarquia como regime de governo. Antonio Leão, portanto, é o primeiro ilustre jequiaense registrado na história. Segundo Castro (1991) uma outra heroína teve destaque em São Miguel dos Campos: a escrava Rosa do Gentio da Costa. Rosa foi encontrada entre os soldados insurgentes, presos após o fracasso da revolução. Apesar de torturada, esta negra da “nação Uça”, como confessara, forte, dentes perfeitos, cerca de 17 anos, negara-se a dizer o nome de seu senhor, certamente um ardoroso republicano como ela, que vestira a farda militar idealizando a libertação da terra brasileira. Um edital de arrematação, publicado em setembro de 1817, fazia sua descrição física e a avaliava, visando identificar-lhe o dono.Não se sabe com certeza qual foi o seu destino. Presume-se que morreu como os outros revolucionários nos calabouços da Bahia ou chicoteada num pelourinho, em nome da justiça reinol, sob as ordens do cruel ouvidor Batalha, fiel ao terrível conde dos Arcos. Observando o cenário da época, Albuquerque (1986, p. 395) identifica que: Em termos de perspectiva da dominação portuguesa, a elevação do Brasil a Reino Unido era uma solução para impedir movimentos de independência como ocorriam na América espanhola. (...) Além disso, a instalação de uma Monarquia Absolutista na América agradava a ideologia reacionária que dominava o Congresso, na medida em que contrabalançaria o modelo republicano dos Estados Unidos e o dos projetos revolucionários hispano-americano. Fundamentalmente, o ato de transformação do Brasil em Reino era o reconhecimento da sua dominância como centro econômico, político e ideológico do Império português e a solução mais adequada, dentro de uma perspectiva colonialista, para assegurar a permanência da dominação portuguesa no espaço mais vital à sua reprodução. Tal observação leva a entender a razão das renovações de práticas repressivas contra comunidades primitivas indígenas, compulsoriamente obrigadas ao trabalho escravo temporário, o esmagamento de levantes de escravos e de camponeses como ocorreu na Bahia e em Pernambuco, respectivamente. O mesmo cerceamento também atingiu setores sociais mais identificados com o bloco de classes hegemônico e, segundo o autor mencionado, a censura restringia o acesso às obras revolucionárias, a liberdade religiosa era um privilégio de estrangeiros, os organismos policiais perseguiam organizações como as que se filiavam à Maçonaria, e a repressão ao movimento revolucionário de Pernambuco de 1817, realizaram-se sem nenhuma interpretação modificadora da codificação jurídica punitiva que atingia os dissidentes políticos. Na esteira dos debates, se observam várias controvérsias levantadas que se tornam, pois, frutos de discussões para melhor ilustrar a realidade da época e, ao mesmo tempo, para melhor entender a Revolução Pernambucana de 1817, como nas considerações de Franco (1967, p. 56) observando que: As causas da revolução pernambucana podem ser definidas como um protesto do norte contra a hegemonia do sul, iniciada no século anterior, quando da transferência da capital do vice-reinado da Bahia para o Rio de Janeiro, então consolidada como sede da monarquia luso-brasileira. E acrescenta ele que: A causa principal vem da política colonial portuguesa, que não primava nem pela eficiência na administração, nem pelo respeito à justiça. Dessas raízes brotaram as primeiras reações nativistas no Maranhão, em Minas Gerais e em Pernambuco contra o monopólio lusitano e a opressão colonial. Tem-se, pois, por entendimento com base nos autores até então estudados, que a luta ocorrida na Revolução Pernambucana de 1917 perdurou por alguns meses quando as forças governistas derrotaram os revoltosos e atuaram com repressão violenta por ordem do reinado para que a punição fosse exemplar e capaz de desestimular movimentos similares. É neste sentido que Thomas (1964, p. 257) avalia todo movimento revolucionário: O estudo dos fatos mostra o seguinte: 1. o governo provisório foi bastante moderado e desinteressado; mas por falta de prática e habilidade, caiu em muitos erros e sofreu cruéis desenganos; 2. a massa do povo, até em Pernambuco, não aderiu de coração ao movimento; embora contasse adeptos na Bahia e até no Rio. O levante fora obra de fraca minoria, mormente no Rio Grande, na Paraíba e em Alagoas; 3. ainda que estivesse planejada, a insurreição não estava madura. (...) A revolução de Pernambuco era obra de poucos. O povo do interior não aderiu ao movimento. Além disso, o governo provisório por falta de pessoas idôneas, nada soube organizar, ao passo que o Conde dos Arcos, então governador da Bahia, apenas informado desta insurreição, tomou medidas enérgicas em defesa da monarquia. Expediu o Conde dos Arcos tropas por terra às ordens de Joaquim Cogominho de Lacerda e uma flotilha confiada ao Capitão Rufino Peres. Ao mesmo tempo, navios do Rio de Janeiro traziam outras forças legais ao mando de Rodrigo Ferreira Lobo, além de comboio de 10 velas com tropas auxiliares. Rodrigo Ferreira Lobo tomou a direção suprema de todas as forças marítimas. Bloquearam imediatamente o Recife; e, efetuando vários desembarques na costa, restauraram sem dificuldade o governo legal nas diversas vilas de Pernambuco. Pacificou-se a Paraíba; o Rio Grande e Alagoas já haviam aclamado a autoridade do rei. Achando-se em apuros, o governo ilegal do Recife pediu capitulação honrosa, que lhe teria sido concedida, se não fossem as ameaças incendiárias do ditador Domingos Antonio, falando em arrasar e queimar o Recife, matar os prisioneiros e praticar outros excessos. Desta forma, entende-se a partir de Albuquerque (1986) que a versão idealista que ainda atribui, ou pessoalmente a D. João VI ou, de forma mais ampla, ao Estado português, a iniciativa de formular o futuro surgimento do Estado Nacional Brasileiro, ignora que as transformações não se realizavam sem modificações profundas. Elas, em verdade, representavam recursos de remanejamento de um sistema autoritário para torná-lo mais eficiente, como ocorrera, anteriormente, com o chamado Despotismo Iluminista. Na raiz de todas as iniciativas da chamada etapa de autonomia, defende o autor em questão, que estava exatamente a preservação do controle colonial português no Brasil, localizado numa fase histórica dominada pelos compromissos da restauração na Europa e pelos movimentos nacionalistas libertários na América espanhola. Tal observação leva Mello (2004, p. 149) a entender que: A pretexto de atenuar a desigualdade geográfica e populacional, a divisão do território brasileiro não passava de um artifício do despotismo visando habilitar o Imperador a mutilá-las, liquidando qualquer contestação local, argumento que sensibilizava o nervo exposto da separação de Alagoas como punição por 17. Pelo visto e como conclusão desta etapa dos acontecimentos, uma das conseqüências, portanto, da repressão ao movimento derrotado, levaram à declaração da emancipação política de Alagoas, pelos serviços de fidelidade ao rei. Ou seja, Alagoas torna-se emancipada politicamente quando se tornou independente de Pernambuco, por seu papel na revolução de 1817. Veja mais aqui.
REFERÊNCIAS
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