sexta-feira, dezembro 01, 2017

HERMILO, DRUMMOND, NEGRI, VICTOR HUGO, PONDÉ, SONIA MELLO, ROSANA PAULINO, RICARDO MACHADO, DJANIRA SILVA, LORI SHORIN CLAY & SÃO CAETANO

EU XEXÉU & QUINTANA PASSARINHO - Vem cá! Quer saber duma coisa? Estava eu lendo a Poesia completa (Nova Aguilar, 2005), do poeta, tradutor e jornalista Mário Quintana (1906-1994), e descobri muitas coisas maravilhosas na maneira simples dele poetar: o seu jeito coloquial, a voz lírica entre o introspectivo e o metafísico, a musicalidade e o ritmo, o dinamismo interno regido pelas antíteses verbais e cruciais, ou pelas mistas figuras de linguagens na inspiração e na técnica, tematizando coisas simples do cotidiano, a verossimilhança, a invenção, a diversidade de caminhos na liberdade da imaginação. Fui mais além: “Aprendi a escrever lendo, da mesma forma que se aprende a falar ouvindo”. Foi assim também que aprendi: ouvia de tudo, falava pelos cotovelos; inquieto, lia que só desmantelo do muito e escrevia meio mundo de coisas – mania de grandeza, desde meninote, ler e escrever, assim era, cadernos aos montes, livros espalhados. Adorava ir pra escola no primário, verdadeira paixão pela professora Hilda. No ginásio, já adolescente, a escola perdeu a graça: “De cada lado da sala de aula, pelas janelas altas, o azul convida os meninos, as nuvens desenrolam-se, lentas, como quem vai inventando preguiçosamente uma história sem fim... sem fim é a aula: e nada acontece, nada... bocejos e moscas. Se ao menos, pensa Margarida, se ao menos um avião entrasse por uma janela e saísse pela outra”. Nossa! Quanta aula chata, maçantes, demolidoras. Qualquer incentivo era desastroso, qualquer ânimo ou empolgação, desestimulado. Adorava atividade extraclasse, leituras na biblioteca, trabalho de campo, laboratório, só sair das quatro paredes da aula já valia, melhor que só ouvir blábláblá e apontamentos da disciplina no caderno, doía os dedos e o juízo, afora a chatura de ter de decorar tudo pra prova, respondesse fora da vírgula do professor, perdia ponto e tempo. Procurava no ginásio quem gostasse de ler, ninguém: “Competiria aos pais dessas crianças, não a nós, incutir-lhes o hábito das boas leituras. Ora essa! Mas se eles também não lêem... vivem eternamente barbiturizados pelas novelas de televisão”. A minha turma de leitura estava noutros colégios, ou no banco da praça quando a gente se encontrava discutindo filosofia, em cima do muro debatendo literatura: “O público ledor é tímido: confunde altissonância com gênio”. Era mesmo, só ensinavam pra gente estudar a norma culta e enriquecer o vocabulário catando estrambólicas no dicionário, o que havia de parnasiano – inclusive eu -, não estava nos gibis, mas nos discursos soberbos e longos de não se entender nada, como a letra do Hino Nacional. Quem não desistiu? Conheço um monte de gente que raivosamente grita: - Se descobrisse quem inventou escola e estudo, eu mandava matar! Hoje esses que foram do meu tempo e desistiram são pais ou avós, desistiram mesmo e estão vendo os filhos e os netos seguirem o mesmo caminho: desistiram de aprender a vida, de estudar o mundo, se perderam no tempo só pra ganhar dinheiro, fazer fortuna e viver à sombra e água fresca. Pois é, eu não, dei meus pinotes, desajeitado, desnorteado, persigo até hoje, nunca desisti de nada, tropecei que só, fracassos muitos, quedas aos trombolhões, mas lá, em riste, olhos apregados nas leituras e na vida – leituras do mundo, páginas da vida -, persistente, resiliente: “Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las. Que triste os caminhos, se não for a mágica presença das estrelas”. Ah, doces utopias: o mundo e a vida são feitos de pensamentos e viajo nas visualizações, mesmo que me acusem de viver no mundo da lua, Selenito cabeça de vento, a ponto de questionarem meus escritos: “Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer é porque um dos dois é burro”. Nesse caso, o burro era eu, sempre; meus escritos, porqueiras; meus alfarrábios, trranqueiras velhas. Nem eu nem nada meu valem coisa alguma. Nem ligo, sempre aprendendo: a vida, as pessoas, as leituras: “Não percas nunca, pelo vão saber, a fonte viva da sabedoria. Por mais que estudes, que te adiantaria, se a teu amigo não sabes ler?”. Prática só se faz com base teórica, e teoria sem prática nada vale. E mesmo que me descasque a pele e me retalhem em postas como coisa de quem endoidou por leitura demais, não, não é isso: “todos esses que aí estão atravancando meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!”. Eu voo xexéu! (Veja mais de Quintana logo abaixo). © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a cantora Sônia Mello e com o cantor e compositor Ricardo Machado. Para conferir é só ligar o som e curtir. Veja mais aqui, aqui e aqui.

PENSAMENTO DO DIATudo na criação não é humanamente belo, o feio existe ao lado do belo, o disforme perto do gracioso, o grotesco no reverso do sublime, o mal com o bem, a sombra com a luz. Os homens de gênio, por maiores que sejam, têm sempre em si o animal que parodia sua inteligência. Pensamento do escritor, dramaturgo francês e ativista dos direitos humanos Victor Hugo (1802-1885). Veja mais aqui e aqui.

SÃO CAETANO – O muncípo de São Caetano é administrativamente formado pelos distritos de Tapiraim, Maniçoba e pelo povoado de Santa Luzia, além de estar localizado o povoado de Garrote Velho. A sua povoação tem início iníco por volta de 1838, posteriormente elevada a categoria de freguesia de São Caetano, em 1844, e criado o distrito homônimo, pertencente ao município de Bezerros. Mais tarde, a sede da freguesia foi transferida para o povoado de Caruaru, elevada à Matriz, retornando a sua situação anterior em 1859. A localidade tornou-se vila em 1909 e, dois anos depois, o distrito de São Caetano passou a integrar parte do território do município de Caruaru. A cidade é sede da Fundação Música e Vida de São Caetano, um ponto de cultura idealizado pelo Maestro Mozart Vieira, em 1993. A Banda Sinfônica do Agreste, conhecida atualmente como Banda dos Meninos de São Caetano, nasceu em 1987 e é fruto desta iniciativa. O Museu Histórico de São Caetano possui rico acervo que o faz ser o segundo no estado de Pernambuco. Além disso, a terceira Reserva Particular do Patrimônio Natural de Pernambuco (RPPN), uma propriedade de 23 hectares, dos quais 18 foram transformados em unidade de conservação, em 2002, em conformidade com o Decreto Estadual nº 19.815/97, que regulamenta a criação de unidades de conservação de caráter particular em Pernambuco. O Cruzeiro de Padre Cicero e Frei Damião foi construído em 1984. Veja mais aqui.

A MULTIDÃO & O COMUM - [...] A multidão é o nome ontológico do pleno versus o vazio, da produção contra a sobrevivência parasitária. A multidão ignora a razão instrumental, tanto do exterior a ela mesma quanto para seu uso interno. E como um conjunto de singularidades, ela é capaz de estabelecer o máximo de mediações e soluções de compromisso consigo mesma, desde que sejam mediações emblemáticas do comum (a multidão operando exatamente como a linguagem). Trecho do texto Para uma definição ontológica da multidão (Multitudes – Wxils, Paris, s/d), do filósofo político marxista italiano Antonio Negri, co-autor da obra Multidão. Guerra e democracia na era do Império (Record, 2004), com Michael Inhardt, entendendo ambos que: [...] O povo é uno. A multidão, em contrapartida, é múltipla. A multidão é composta de inúmeras diferenças internas que nunca poderão ser reduzidas a uma unidade ou identidade única – diferentes culturas, raças, étnicas, gêneros e orientações sexuais; diferentes formas de trabalho; diferentes maneiras de viver; diferentes visões de mundo; e diferentes desejos. A multidão é uma multiplicidade de todas essas diferenças singulares [...]. Negri, por sua vez, defende que: [...] Quando falamos desta realidade do comum e a vinculamos a nova realidade do trabalho estamos vivendo uma coisa sem dúvida original, nova, estamos registrando uma nova experiência. Contudo, se olharmos para trás na história, seja na história da filosofia ou do pensamento, seja na história das lutas dos povos e dos sujeitos contra o colonialismo, ou seja, em toda a história do socialismo revolucionário, encontramos sempre vivo um modelo de outra civilização, um modelo que não é utopia senão permanência de tradições, de forças, de constituições antropológicas reais. Este outro modelo, da época do moderno, podemo-lo ver, por exemplo, na filosofia. Não há dúvida de que o pensamento desde Maquiavel a Spinoza ou até Marx, em relação a todos os que elogiavam a transcendência e o poder absoluto do soberano, promoveu idéias de origem republicana e idéias de libertação fortíssima que sempre se renovaram e se mantiveram vivas a pesar de ser derrotadas. Podemos dizer que estas idéias constituem o pouco de bom que a democracia representa como ela é, não aquela que queremos, senão a democracia como forma de governo, aquela que é defendida pelo Sr. Bush., porque algo se pode salvar dela. O que me interessa são estas outras realidades, as realidades derrotadas ainda que sempre vivas ou sempre vencedoras a partir da perspectiva do pensamento. Podem pensar, por exemplo, quando falamos do comum, nas experiências formidáveis de resistência nos países coloniais, nos países colonizados, na América Latina, na Índia ou na China. São experiências fantásticas de comunidades que sempre viveram dentro da derrota, sob a repressão e que propunham continuamente modelos alternativos. Não são utopias, são estruturas antropológicas que encontramos nas mais diferentes formas de expressão e que tem uma importância enorme. Estas ideologias derrotadas, estas realidades esmagadas podem converter-se em elementos de construção do novo porque este novo é extraordinariamente semelhante à idéia de liberdade, de comum que existiu nesse passado. Pensem no socialismo, até ele viveu essa respiração tremenda entre a necessidade de ser Estado e o desejo de massas de liberação. Não há dúvida de que o desejo massivo de libertação foi derrotado e brutalizado na história deste último século, mas a idéia de comunista foi renovada pelas novas técnicas, pelos novos sentimentos, pelo desejo de valorização e desenvolvimento e, sobretudo, por nossa necessidade de viver felizes.

CONTRA UM MUNDO MELHOR - [...] Rejeito todos os novos sentidos: a democracia como religião moderna, a revolução sexual, que não passa de puro marketing de comportamento (continuamos a mentir sobre o sexo e a ser infelizes), a sustentabilidade (nova grife para o ambientalismo), a cidadania, a igualdade entre os homens, uma alimentação balanceada, o fascismo dos direitos humanos, enfim, tudo o que os idiotas contemporâneos cultuam em seu grande cotidiano. Aliás, aqui também tenho um parceiro ilustre: o filósofo romeno Émil Cioran (século XX), para quem só um mau-caráter ou a alma arrogante fazem sistemas em filosofia. O ceticismo (que, quando se instala em alguém como um modo da respiração, como em mim, ganha força de uma segunda natureza) não se delicia tanto em torturar almas religiosas, mas sim encontra seu maior gozo em humilhar almas científicas, racionalistas e bem resolvidas. Se você se acha uma pessoa equilibrada, dessas que respeitam o parceiro no amor, que creem na igualdade entre os sexos como adorno na sua cama de casal, que comem apenas comida saudável, que conversa com plantas porque se julgam mais consciente, que se julgam sensível e honesta, que reciclam lixo, feche este livro. Todas as poucas palavras que você encontrará aqui são contra você. Não acredito em você. Você é um mentiroso, ou uma mentirosa. Chego a ter pesadelos nos quais o mundo se tornou sua casa e em que homens e mulheres só respiram o que acham correto. Dedico horas do meu dia a pensar em formas variadas de fazer gente como você sofrer. E isso em mim também é um vício. Por mais que eu tente aceitar suas mentiras que enchem os fi lmes, os jornais, as novelas, os livros, as salas de aula, os tribunais, mais fracasso. Não consigo escrever ou pensar uma linha se não sai assim como um grito. [...] Cansei da filosofia, por isso comecei a escrever para não fi lósofos, porque a universidade, antes um lugar de gente inteligente, se transformou num projeto contra o pensamento. Todos são preocupados em construir um mundo melhor e suas carreiras profissionais. E como quase todas são pessoas feias, fracas e pobres, sem ideias e sem espírito inquieto, nada nelas brota de grandioso, corajoso ou humilde. Eu não acredito num mundo melhor. E não faço filosofia para melhorar o mundo. Não confio em quem quer melhorar o mundo. É isso mesmo: acho um mundo de virtuosos (principalmente esses virtuosos modernos que acreditam em si mesmos) um inferno. Um bom charuto, cachimbo ou cigarro pode ser uma boa companhia na leitura destes ensaios. Ou uma mulher gostosa do seu lado, ou um homem charmoso. Depois do sexo – e do cigarro –, leia um desses ensaios, quem sabe a quatro mãos. Se acompanhados por uma música clássica, melhor ainda. Enfim, se você não tiver nenhum vício, daquele tipo de compulsão fora de controle que esmaga sua vontade, aí não há qualquer esperança para você. Vire budista. Esboço uma filosofia do cotidiano. O que é uma filosofia do cotidiano? É uma filosofia que acompanha você no trabalho, na cama, entre as pernas, no carro, no hospital, no cemitério, no celular, no avião, no free shop, no amor, no ódio, no ciúme, na inveja, na gratidão. Uma filosofia ideal em meio ao cotidiano deveria caber numa frase que pode ser dita ao ouvido de alguém numa festa quando você passa por ela. [...]. Trechos extraído da obra Contra um mundo melhor: ensaios do afeto (Casa da Palvra, 2010), do filósofo, psicanalista e escritor Luiz Felipe Pondé.

MEMÓRIA E FICCIONALIDADE EM DEUS NO PASTO DE HERMILO BORBA FILHO [...] procuramos contextualizar Deus no Pasto em três instâncias. Como o livro é uma construção discursiva da cidade do Recife nas décadas de 60 e 70, achamos necessário ver quais eram os discursos que configuravam a cidade à época: quais seriam os interlocutores de Hermilo e que tipo de relação havia entre a obra e esses discursos sobre a cidade. Nessa contextualização, percebemos que Hermilo dialoga diretamente com a cena política desta época e com os movimentos culturais e teatrais que estavam ativos. Por Hermilo ser teatrólogo, cremos que era necessário contextualizar as ligações entre o teatro e os romances escritos por ele, pois pelo menos uma das técnicas utilizadas em cena foi levada ao livro: o anti-ilusionismo. Técnica que aparece na tetralogia e que ganhará mais intensidade no ultimo livro He Hermilo, Agá. [...] Começamos a análise partindo do primeiro romance da tetralogia, pois a cena inicial completa o término do livro Deus no Pasto. E já em Margens das Lembranças conhecemos vários aspectos que permearão toda a tetralogia: o anti-ilusionismo, as imagens insólitas, a busca pelo autoconhecimento, a força e a recorrência que as metáforas aquosas ganham ao longo dos livros. [...] É uma tetralogia cujo enfoque é o triplo problema do homem e de sua relação com o espaço e o tempo. Deus no Pastoé uma narrativa concebida em fronteiras. Hermilo constrói sua narrativa demonstrando o conflito existente entre os discursos sobre a cidade e a sua cidade poética. Mesmo que ele ilustre em seu romance a modernização chegando à cidade, é a peregrinação por ela que dará ritmo à narrativa. São suas andanças por lugares “limpos” ou “sujos”, “claros” ou “escuros”, de “águas calmas” ou de “águas revoltosas” que a divisão entre rememorar ou esquecer ganhará peso, muitas vezes, o peso das águas. [...]. Trecho de conclusão da dissertação de mestrado Memória e ficcionalidade em Deus no pasto de Hermilo Borba Filho (UFPE, 2009), apresentada por Virginia Gisele Carvalho, sob orientação do Dr. Anco Márcio Tenório Vieira, ao Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), discutindo os conceitos teóricos como memória, mímesis, tempo e narrativa, no intuito de estabelecer um caminho crítico da obra, além de outras discussões que se mostraram válidas, como a questão da influência do Realismo Maravilhoso no Brasil, ou ainda como se pode perceber nos dias atuais a autobiografia ficcional, procurando, com isso, responder questões acerca da construção ficcional da obra em questão. Veja mais aqui e aqui.

TEODORASe Teodora tivesse atrasado pelo menos um minuto, um minuto apenas, ao fechar a porta, ou mesmo ajeitando os cabelos no espelho da sala, ou atando os cordões dos sapatos; se tivesse esperado, pelo menos um minuto, um só, quando eu lhe disse: “não vá”. [...] O portão bateu de leve. Ficara nos meus ouvidos, a sua voz: “já vou”. O barulho, o som estridente de um freio brusco, o grito, o silêncio. Se Teodora tivesse esperado pelo menos um minuto, um minuto apenas... Trecho do conto Teodora, da escritora e advogada Djanira Silva, extraído da Panorâmica do conto em Pernambuco (Escrituras, 2007), organizada por Antonio Campos e Cyl Gallindo.

HINO NACIONALPrecisamos descobrir o Brasil! / Escondido atrás as florestas, / com a água dos rios no meio, / o Brasil está dormindo, coitado./ Precisamos colonizar o Brasil. / O que faremos importando francesas / muito louras, de pele macia, / alemãs gordas, russas nostálgicas para / garçonettes dos restaurantes noturnos./ E virão sírias fidelíssimas./ Não convém desprezar as japonesas.../ Precisamos educar o Brasil./ Compraremos professores e livros, / assimilaremos finas culturas, / abriremos dancings e subvencionaremos as elites./ Cada brasileiro terá sua casa/ com fogão e aquecedor elétricos, piscina, / salão para conferências científicas. / E cuidaremos do Estado Técnico./ Precisamos louvar o Brasil. / Não é só um país sem igual./ Nossas revoluções são bem maiores/ do que quaisquer outras; nossos erros também./ E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões... / os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas.../ Precisamos adorar o Brasil! / Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,/ por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão / de seus sofrimentos./ Precisamos, precisamos esquecer o Brasil! / Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,/ ele quer repousar de nossos terríveis carinhos. / O Brasil não nos quer! Está farto de nós! / Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil./ Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros? Poema do livro Brejo das almas (Record, 1934), do poeta, contista e cronista Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Veja mais aqui.

A ARTE DE ROSANA PAULO
Arte da artista e doutora da ECA/ USP, Rosana Paulino.

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A ARTE LORI SHORIN CLAY
Arte da escultora Lori Shorin Clay.

HIRONDINA JOSHUA, NNEDI OKORAFOR, ELLIOT ARONSON & MARACATU

  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Refúgio (2000), Duas Madrugadas (2005), Eyin Okan (2011), Andata e Ritorno (2014), Retalho...