A EXPLOSÃO DO PRAZER - Imagem:
arte by Ísis Nefelibata - Quando eu cheguei ainda era um menino na cidade. As
retinas cheias de rios. O coração afogado de mar. Era o Recife. E eu gemia
noites e dias de prazer quando adolescia em Maria de todos os nomes como se
fosse a montada da bicicleta sonhada. Eu crescia e morria todos os dias gemendo
Capiba e sonambulava como quem nada sabia. A cidade era em mim a agonia dos
seios que me fartavam e que mais eu sabia Maria que nem nome tinha e que
saciava a volúpia acertada. A cidade era em mim os braços de abraços apertados
quando eu mais me explodia de força para viver. A cidade era em mim as pernas
abertas da mais apetitosa das bagas que me embriagava e queria sempre mais. A
cidade era em mim toda doação e eu usava e abusava sem um tostão da puta, a
mulher que era a mãe e desconhecida, numa incestuosa loucura de órfão pagão. Um
dia eu voltei e a cidade de novo era braços de frevos abertos de Luis Bandeira
embalando a chegada de quem era só couro e osso e não podia chorar porque todos
os seios, bocetas e beijos, carinhos e chupadas estavam ligadas eletrizando a
minha libido e beliscando todo meu sexo que não sabia outra coisa senão sonhar
de gozo por todos os dias, tardes e noites do Recife. Aí eu fiquei até me
esgueirar por todas as ruas, becos, sarjetas, favelas da Maria Recife que
sempre me agarrava e me alentava e me beijava e manhava para eu não mais fugir
de seu dengo até que um dia eu fugi sob olheiras e zarpei por anos afora. Agora
eu volto Recife, volto com o coração na mão, batendo biela e pernas qual menino
de antes com todos os sonhos incinerados à procura da Maria para acender a vida
e descansar meu coração sob sua acolhida e guarda que me surpreende desde
menino com todas as poses, acrobacias, closes, cenas, trepadas, gozadas,
chupadas que me fazem renascer pra vida. Eu voltei, Recife. Eu voltei pros seus
braços. © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

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