A LIÇÃO DO OLHAR DE NIETZSCHE – [...] Eu
apresento a partir de agora, para não perder o meu jeito afirmativo, este jeito
que só tem a ver mediada e involuntariamente com a contradição e a crítica, as
três tarefas em virtude das quais se precisa de educadores. Tem-se de aprender
a ver, tem-se de aprender a pensar, tem-se de aprender a falar e escrever: o
alvo em todas as três é uma cultura nobre. Aprender a ver: acostumar os olhos à
quietude, à paciência, a aguardar atentamente as coisas; protelar os juízos,
aprender a circundar e envolver o caso singular por todos os lados. Esta é a
primeira preparação para a espiritualidade: não reagir imediatamente a um
estímulo, mas saber acolher os instintos que entravam e isolam. Aprender a ver,
assim como eu o entendo, é quase isso que o modo de falar não-filosófico chama
de a vontade forte: o essencial nisso é precisamente o fato de poder não
"querer", de poder suspender a decisão. Toda ação sem
espiritualidade, bem como toda vulgaridade repousa sobre a incapacidade de
sustentar uma oposição a um estímulo - o "precisa-se reagir" segue-se
a cada impulso. Em muitos casos, uma tal necessidade já é prova de um caráter
doentio, de decadência, de um sintoma de esgotamento. – Quase tudo que a rudeza
não-filosófica denomina com o nome de "vício" é meramente aquela
incapacidade fisiológica de não reagir. Uma aplicação do ter-aprendido-a-ver: à
medida que nos tornamos um destes que aprende, nos tornamos em geral lentos,
desconfiados e resistentes. Deixa-se inicialmente advir todo tipo de coisa
estranha e nova com uma quietude hostil - se retirará a mão daí. O ter todas as
portas abertas, o deitar de bruços submisso diante de todo e qualquer pequeno
fato, o inserir-se e o lançar-se sempre pronto para o salto no diverso, em
resumo a célebre "objetividade moderna" é de mau gosto, é não-nobre
par excellence. (Friedrich Nietzsche, Crepúsculo dos ídolos). Veja mais aqui.
Imagem: A seated female nude, possibly Mademoiselle Marie-Gabrielle Capet, 1815, do pintor francês François-André Vincent (1746-1816).
Ouvindo Concerto nº 1 para piano, do compositor russo Dmitriy Borisovich Kabalevskiy (1904-1987).
PROGRAMA
TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar
todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e
radialista Meimei Corrêa na Rádio
Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aqui. ogo mais, a partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá Especial de Ano Novo com muita festa e a apresentação da querida Meimei Corrêa. E com as seguintes atrações na programação: Egberto Gismonti, Pat Metheny, Quinteto Armorial, Sonia Mello, Clara Redig, Meimei Corrêa, Rosana Simpson, Katya Chamma, Tatiana Cobbett & Marcoliva, Ricardo Machado, João Pinheiro & Hermila Guedes, Auri Viola, Lyara Velloso, Dery Nascimento & Paulinho Pedra Azul, Alex Rios, Wilson Monteiro, Mazinho, Cikó, Zé Linaldo, Ozi dos Palmares, Paulinho Natureza & Sandra Regina Alves Moura, JB, Tirso Florence de Biasi & muito mais! Veja mais aqui.
SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá Especial de Ano Novo
Quando? Hoje, terça, 30 de dezembro, a partir das 21hs (horário de Brasília)
Onde? No MCLAM -
Apresentação: Meimei Corrêa
SACADAS DO CASCUDO – O historiador, antropólogo, advogado e jornalista
Luís da Câmara Cascudo (1898-1986), além de uma personalidade das mais
maravilhosas da cultura brasileira, também tirava das suas: “O Brasil não tem problemas, só soluções
adiadas”, “Não se
assombre, em Natal eu sou o único pecador profissional. Os outros são amadores”
e mais essa: “Não me interessei por nada
no mundo. Daí a minha fidelidade mental ao meu trabalho. Sou um brasileiro
feliz, diz Diógenes. Vivia minha vida e não a vida indicada pelos outros. Não
fui o que quiseram, fui o que senti, a volição de ser. Hoje, sou um resto de
idade, estou fora do ar, tenhos dias eufóricos, compreendeu? O trabalho para
mim não era maldição. Era como o trabalho gostoso de fazer um filho. Prazer”.
E vamos aprumar a conversa e tataritaritatá! Veja mais aqui.
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Bataille, Ástor Piazzolla, Viviane Mosé, Bernardo Bertolucci & Dominique
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gênero, patriarcado & violência, Ari Lins Pedrosa, Ana Paula Fumian,
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Feminino/Masculino, Pluralidade da Família, Psicologia Escolar &
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