quinta-feira, dezembro 18, 2014

EXTINÇÃO DE LÍNGUAS, MACACOS, MAIS DE MIL NO BRASIL E O HOMEM NO LAMENTÁVEL EXPEDIENTE DA GUERRA!!!!!!



Fonte: Isto é (e é?).
 
EXTINÇÃO DE LÍNGUAS – No capítulo oitavo – A Torre de Babel -, do seu livro Instinto da linguagem, o neurolinguística Steven Pinker denuncia a extinção de línguas: “[...] Este capitulo termina com uma nota triste e urgente. As línguaso perpetuadas pelas crianças que as aprendem. Quando os linguistas encontram uma língua falada apenas por adultos, sabem que ela esta condenada. Porisso, eles alertam para uma tragédia iminente na história da humanidade. 0 linguista Michael Krauss estima que as línguas dos índios norte-americanos, cerca de 80% das existentes, estão moribundas. Em outras partes do mundo, seus números são igualmente sinistros: 40 línguas moribundas (90% das existentes) no Alasca e norte da Sibéria, 60 (23%), na América Central e do Sul, 45 (70%) na Rússia,  225 (90%) na Australia, talvez 3.000 ( 50%) no mundo todo. Somente cerca de 600 línguas estão razoavelmente seguras por obra de um grande numero de falantes,digamos, um mínimo de 100.000 (embora isso nem mesmo garanta sua sobrevivência a curto prazo), e essa suposição otimista ainda sugere que entre 3.600 e  5.400 línguas, ou seja, 90% do total mundial, estão ameaçadas de extinção no próximo século. A extinção em grande escala de línguas evoca a atual (embora menos severa) extinção em grande escala de plantas e espécies animais. As causas disso se sobrepõem. Línguas desaparecem pela destruição dos habitats de seus falantes, assim como por  genocídio, assimilação forçada e educação assimilatória, asfixia demográfica e bombardeio da mídia eletrônica, que Krauss chama de "gás paralisante cultural". Alem de pôr um fim, as causas sociais e políticas mais repressivas do aniquilamento cultural, podemos prevenir algumas extinções linguísticas por meio do desenvolvimento de material pedagógico, literatura e televisão na língua  indígena. Outras extinções podem ser mitigadas pela preservação de gramáticas, dicionários, textos e amostras gravadas de fala com a ajuda de arquivos e cargos em faculdades para falantes nativos. Em alguns casos, como o hebraico no século vinte, o uso cerimonial contínuo de uma língua junto com a preservação de documentos pode ser suficiente para fazê-la reviver, desde que haja vontade para tanto. Assim como não é sensato pensar que se possam preservar todas as espécies da Terra, não podemos preservar todas as línguas, e talvez não devêssemos. As questões práticas e morais envolvidas nisso são complexas. Diferenças linguísticas podem ser uma fonte de discordâncias mortais, e  se uma geração escolhe trocar de língua e optar por aquela falada pela maioria, que lhe promete progresso econômico e social, será que algum grupo de fora tem 0 direito de obrigá-los a não fazê-lo porque gostam da ideia de que eles mantenham a língua antiga? Deixando de lado essas complexidades, quando 3.000 línguas estranhas estão moribundas, pode-se ter certeza de que muitas dessas mortes não são desejadas e poderiam ser impedidas. Por que as pessoas deveriam se preocupar com línguas ameaçadas? Para a linguística as ciências da mente e do cérebro se incluem, a diversidade linguística revela o alcance e os limites do instinto da linguagem. Considere apenas como seria distorcida a nossa imagem se se estudasse inglês! Para a antropologia e a biologia evolutiva humana, as línguas traçam a história e geografia da espécie, e a extinção de uma língua (digamos, do ainu, antigamente falado no Japão por um misterioso povo caucasiano) pode equivaler ao incêndio de uma biblioteca de documentos históricos ou extinção da ultima espécie de um filo. Mas as razões não são apenas científicas. Como Krauss escreve: "Qualquer língua é a realização suprema do talento coletivo exclusivamente humano, mistério tão divino e infindo quanto um organismo vivo: Uma língua é um meio que a poesia, a literatura e a musica de uma cultura jamais podem dispensar. Corremos o risco de perder tesouros que vão do iidiche, com muito mais palavras para "simplorio" do que se dizia que os esquimós  tinham para "neve", ao damin, uma variante cerimonial da língua australiana lardil, que tem um vocabulário único de 200 palavras, passível de ser aprendido em um dia mas que pode expressar todos os conceitos da fala coloquial. Conforme disse o linguista Ken Hale: "A perda  de uma língua é parte da perda mais geral de que o mundo padece,  a perda da diversidade em todas as coisas". Veja mais aqui.

 

A EXTINÇÃO DOS MACACOS – A etóloga, primatóloga e antropóloga britânica Dame Jane Goodall, que estudou a vida social e familiar dos chimpanzés em Gombe, Tanzânia, ao longo de 40 anos, tem denunciado o desaparecimento dos grandes macacos, assinalando que nos últimos 50 anos, o número de chipanzés passou de 2 milhões para cerca de 300 mil que se encontram espalhados por 21 países, tudo em nome do desenvolvimento das infraestruturas e a exploração de recursos naturais - madeira, minerais, petróleo e gás – que devastam o habitat dos grandes macacos e levaram chimpanzés, gorilas, bonomos e orangotangos à beira da extinção. O seu trabalho foi vivido por Sigourney Weaver no filme "Na montanha dos gorilas". Ela faz o alerta: Se não tomarmos medidas, os grandes macacos vão desaparecer, devido, ao mesmo tempo, à destruição de seu habitat e ao tráfico de espécies animais [...] Se não fizermos nada, vão desaparecer, ou só restarão a eles pequenas bolsas onde dificilmente escaparão da consanguinidade. [...] Se não fizermos nada para proteger o meio ambiente, que já destruímos em parte, não gostaria de ser uma criança nascida em 50 anos. Não devemos isso a elas? [...] Somos esquizofrênicos. Temos esta inteligência incrível, mas parece que perdemos o poder de trabalhar em harmonia com a natureza [...] se perdermos (os grandes macacos), será provavelmente porque também perdemos as florestas e isso terá consequências totalmente devastadoras sobre as mudanças climáticas. [...] A mudança climática é evidente em toda parte. Há líderes que dizem que não acreditam nas mudanças climáticas, mas não acredito que seja realmente o que pensam, talvez sejam apenas estúpidos". E o homem cultuando o Lamentável expediente da guerra!!!!!


E NO BRASIL, COMO ANDA A EXTINÇÃO? MAIS 1.100 ESPÉCIES EM EXTINÇÃO!!! – O Ministério do Meio Ambiente divulgou nesta quarta-feira, em Brasília, as novas Listas Nacionais de Espécie Ameaçadas de Extinção. De acordo com o levantamento – produzido por 1.383 especialistas de mais de 200 instituições, entre 2010 e 2014 -, o número total de espécies ameaçadas aumentou de 627, na lista anterior, de 2003, para 1.173. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o avanço aconteceu porque a amostra também cresceu. “A lista cresce porque se conhece mais”, alegou a ministra. A lista anterior contemplava 816 espécies, enquanto o novo levantamento considerou 12.256 espécies da fauna brasileira – incluindo peixes e invertebrados. De acordo com o governo, trata-se da maior avaliação da fauna já feita no mundo. Segundo a ministra, a metodologia utilizada anteriormente definia como objeto de estudo somente as espécies já consideradas potencialmente em risco de extinção. Embora a lista das espécies ameaçadas tenha aumentado, 170 espécies deixaram de fazer parte da relação, incluindo a baleia jubarte e a arara-azul-grande, ambas com populações em recuperação, segundo a lista. Para conferir a lista acesse o site do Ministério do Meio Ambiente.


ENQUANTO ISSO... NÊNIA DE ABRIL.. – Esse texto eu escrevi no início dos anos 2000: Quando o Brasil dá uma demonstração de que deve ser mesmo levado a sério! Até fiz uma enquete que começou a rolar quando este blog ainda era no extinto Weblogger e fui atualizando: O Brasil deve ser mesmo levado a sério? Como muita gente achou que o problema não lhe dizia respeito (ora, ora!), então refaço a mesma pergunta hoje!!! Clique aqui para participar da enquete assinalando qual a alternativa que melhor condiz com sua opinião. Enquanto isso eu continuo cantando a minha Crença numa Nênia de Abril. E viva o Fecamepa!



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